Interligação elétrica entre Algarve e Andaluzia arranca no final de maio

A interligação elétrica entre o Algarve e a Andaluzia arranca no final de maio, depois de concluído o troço entre […]

A interligação elétrica entre o Algarve e a Andaluzia arranca no final de maio, depois de concluído o troço entre Puebla de Guzmán e Tavira, revela o Diário Económico na sua edição online, citando fonte oficial da Redes Energéticas Nacionais (REN).

Esta interligação, acordada entre Portugal e Espanha no âmbito da criação do Mercado Ibérico de Eletricidade e que custou, só do lado português, 70 milhões de euros, sofreu um atraso de dois anos e meio por parte da Red Eléctrica España.

A situação mereceu críticas pelo impacto negativo gerado nas tarifas dos consumidores portugueses, que já estão a pagar este investimento nas tarifas de energia.

A ligação aguardava a finalização do troço Puebla de Guzmán a Tavira, desde Outubro de 2011, data em que, no lado português, a REN concluiu a sua parte do projeto.

O Diário Económico acrescenta que na origem dos atrasos estiveram entraves de natureza ambiental, já que esta linha, a 400 kV, atravessa a zona protegida do Parque Nacional de Doñana.

Fontes citadas por aquele jornal sublinham que a REN poderia ter acautelado estes problemas, atrasando a construção das infraestruturas do lado português, enquanto não houvesse garantias do outro lado da fronteira para o termo das obras.

Em causa estão os 70 milhões de euros de investimento que foi repassado, antes de começar a dar frutos, para as tarifas elétricas nacionais. Este montante envolveu a construção da subestação de Tavira e novas linhas de transporte de eletricidade.

A ligação a Espanha visa, além de potenciar a bolsa de eletricidade ibérica, o reforço da capacidade de segurança de abastecimento do Sotavento Algarvio e do Baixo Alentejo.

O Diário Económico cita um documento da REN que diz que, “quer as infraestruturas sejam utilizadas ou não, quer tragam benefícios ou não, os consumidores assumirão invariavelmente o pagamento do retorno do investidor pré-determinado pela regulação sectorial”.

Comentários

pub