«Salvar Faro» contesta contração de empréstimo de 2,8 milhões «para demolições»

A aliança «Salvar Faro, com o Coração» (CFC-SF) criticou a eminente contração de um empréstimo de 2,8 milhões de euros, […]

A aliança «Salvar Faro, com o Coração» (CFC-SF) criticou a eminente contração de um empréstimo de 2,8 milhões de euros, pela Câmara de Faro, para cumprir os compromissos financeiros para com a Sociedade Polis Ria Formosa, ou, como defendem, «para demolições». Para o movimento, o dinheiro vai servir para sacrificar não só os que serão afetados pelas renaturalizações, mas todos os munícipes, que irão pagar «uma elevada fatura financeira».

A proposta de empréstimo foi levada à Assembleia Municipal de Faro na semana passada e foi aprovada, com os votos a favor da coligação PSD/CDS, no poder e do PS. O movimento que apoiou a candidatura de José Vitorino à Câmara de Faro votou contra.

«O CFC-SF sempre contestou a aprovação do Polis em 2008 (PS a favor e abstenção do PSD para passar), pois aí está claramente determinada a demolição de centenas de casas na Culatra, Hangares, Farol e Ilha de Faro, em zonas que não são de risco e em vários casos com desrespeito por direitos históricos. A solução é a requalificação dos espaços e regularização das habitações», revela a «Salvar Faro, com o Coração».

Na altura da votação, o CFC-SF salientou que «é inaceitável» que um município com um «elevadíssimo passivo», dê esta quantia de dinheiro «para o Estado demolir», para mais quando algumas delas são «em zonas do Domínio Hídrico, que são propriedade do Estado».

«A autarquia aceita o sacrifício dos munícipes afetados pelas demolições e sacrifica os munícipes em geral, com mais uma elevada fatura financeira», acusou o movimento.

«Por tudo isto, os factos demonstram que o processo das demolições tem sido facilitado pelas grandes forças autárquicas, o que não devia ter acontecido. Infelizmente e para mal da imagem da vida pública, para iludir os munícipes, os grandes partidos tradicionais fazem discursos inflamados e vão dizendo que são contra mas, no concreto, em três mandatos têm votado a favor e tornado o processo cada vez mais irreversível», conclui.

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