Governo da Andaluzia financia estudo sobre o impacto económico das portagens na A22

Um estudo sobre o impacto económico da introdução de portagens na Via do Infante deverá ser lançado em breve e […]

Um estudo sobre o impacto económico da introdução de portagens na Via do Infante deverá ser lançado em breve e foi financiado por um Governo, embora não tenha sido o português. A Junta de Andaluzia, o Governo da vizinha região espanhola, está a financiar um estudo que o jornalista Carlos Castellanos está a fazer há alguns meses e que deverá ser lançado antes do final do ano.

Um estudo desta natureza foi prometido pelo Governo de Portugal, na altura em que foram introduzidas portagens nas até então estradas SCUT (Sem Custos para o Utilizador), mas acabou por nunca ser feito. No dia 8 de dezembro, completar-se-ão dois anos desde que as portagens entraram em vigor.

Para elaborar este estudo, que se foca nos impactos da medida nos dois lados da fronteira, Carlos Castellanos entrevistou pessoalmente, entre outros, o membro da Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) e vereador da Câmara de Portimão eleito pelo Bloco de Esquerda João Vasconcelos.

«Eu fui um dos entrevistados. Ele [o autor] veio ter comigo aqui a Portimão há uns meses e conversámos. Ele disse-me que o estudo deveria ser lançado em final de novembro, pelo que deve estar mesmo a sair», revelou João Vasconcelos. Além de algumas entrevistas pessoais, Carlos Castellanos colocou online um inquérito, que os membros da CUVI ajudaram a divulgar.

«Esta é uma medida que também se está a sentir muito na Andaluzia, principalmente nas zonas mais próximas da fronteira», ilustrou o membro da CUVI. Impacto que terá convencido a Junta de Andaluzia a abrir os cordões à bolsa.

 

Portagens voltam a ser discutidas na Assembleia da República

O estudo está a ser concluído numa altura em que a Comissão de Utentes da Via do Infante se prepara para ir a Lisboa, assistir à discussão da segunda petição apresentada à Assembleia da República, a exigir a suspensão de portagens na Via do Infante. O debate será no dia 6 de dezembro, a próxima sexta-feira.

As petições apresentadas no Parlamento são apenas discutidas e não votadas, mas, segundo João Vasconcelos, o BE «irá apresentar um projeto de resolução», para que se proceda a um escrutínio. «Acredito que o PCP também avance com uma proposta», acrescentou.
João Vasconcelos congratula-se com a realização de um estudo que a CUVI sempre defendeu, embora lamente «que não tenha sido o Governo português a fazê-lo, como prometeu». Ainda assim, há que aproveitar o facto de ele ter sido feito e divulgar os seus resultados.

«Estamos a organizar um Fórum/Debate para o início do ano que vem, para o qual vamos convidar diversas personalidades, entre as quais Carlos Castellanos. Também já temos a confirmação da presença do presidente da Câmara de Loulé Vítor Aleixo», revelou.

No dia 8 de dezembro, também são de esperar «ações surpresa», embora as energias da CUVI estejam voltadas, neste momento, em conseguir o maior apoio possível na deslocação a Lisboa, na próxima sexta-feira.

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