Coligação «Servir Portimão» contente com vereador mas triste com abstenção

A coligação «Servir Portimão», que reuniu CDS-PP, MPT, PPM e descontentes do PSD (e não só), manifestou hoje, em comunicado, […]

A coligação «Servir Portimão», que reuniu CDS-PP, MPT, PPM e descontentes do PSD (e não só), manifestou hoje, em comunicado, a sua satisfação por passar a ser a «segunda força política no concelho de Portimão, cabendo-lhe a partir de agora liderar a oposição ao Partido Socialista».

A coligação, que conseguiu eleger José Pedro Caçorino como vereador e esteve a apenas 125 votos de eleger um segundo vereador, lamentou, porém, a elevada abstenção em Portimão.

«A coligação Servir Portimão regista muito negativamente, em primeiro lugar, a elevadíssima taxa de abstenção (57,6%) verificada no concelho de Portimão, acrescida ainda dos expressivos números dos votos nulos (4,22%) e dos votos brancos (5,72%)».

Segundo o seu comunicado, «estes números demonstram de forma clara que mais de 67% dos eleitores inscritos nos cadernos eleitorais rejeitaram, de forma expressa ou tácita, todas as forças políticas concorrentes a sufrágio, facto que por si só deve merecer de todos (partidos políticos, cidadãos, instituições) uma profunda reflexão e, sobretudo, da parte dos agentes políticos e dos eleitos locais, uma alteração significativa na forma de fazer política, de exercer os mandatos e de servir as populações».

A coligação destaca depois o facto de o PS ter vencido «as eleições para todos os órgãos autárquicos, tendo obtido uma vitória clara, mas muito aquém do número de votos registados em 2009».

É que, salienta, «a candidatura da Dra. Isilda Gomes perdeu quase 7.000 votos relativamente às últimas eleições, tendo conquistado uma vitória sem maioria absoluta em qualquer dos órgãos autárquicos, o que não pode deixar de ser entendido como uma forte penalização do PS nas urnas».

Quanto aos seus próprios resultados, a coligação salienta que «os números do passado dia 29 demonstram de forma inequívoca (quando comparados com a votação do CDS-PP em 2009, que é o único termo de comparação) que aumentamos a nossa votação em mais de 2700 votos e que passamos de apenas dois mandatos (um na Assembleia Municipal e um na Assembleia de Freguesia de Portimão) para um total de 12 mandatos (um na Câmara Municipal, quatro na Assembleia Municipal, quatro na Assembleia de Freguesia de Portimão, dois na Assembleia de Freguesia de Alvor e um na Assembleia de Freguesia da Mexilhoeira Grande)».

Este acréscimo de votos, acrescenta a coligação liderada por José Pedro Caçorino, «representa, ao mesmo tempo, uma enorme responsabilidade e um enorme desafio, já que sabemos que nos espera um mandato de muito trabalho pela frente, em que a nossa autarquia terá que implementar medidas difíceis para combater a grave situação financeira que atravessa».

Garantidos os objetivos para as Autárquicas de 2013, os eleitos da «Servir Portimão» não vão agora cruzar os braços, já que, sublinha o comunicado, o seu trabalho «vai desenvolver-se ao longo dos próximos quatro anos, no dia-a-dia, nas ruas da nossa cidade, nas Sessões de Câmara, na Assembleia Municipal e nas Assembleias das Freguesias de Portimão, Alvor e Mexilhoeira Grande».

«Iremos estar junto dos nossos concidadãos, procurando responder sempre aos seus problemas e anseios, fazendo um esforço sério e profundo para que a credibilidade da política e dos órgãos autárquicos seja reforçada junto dos cidadãos», dizem ainda.

A coligação, a terminar o seu comunicado de balanço, lamenta ainda ter sido «a força mais penalizada pela aplicação da média mais alta de D´Hondt, uma vez que, caso tivéssemos obtido mais 125 votos para a Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleia de Freguesia de Portimão, teríamos obtido mais três mandatos (um para cada um dos referidos órgãos)».

Se isso tivesse acontecido, concluem, haveria «uma diferente correlação de forças no Executivo da Câmara Municipal e na própria Assembleia Municipal».

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