O Turismo faz girar a economia

O vice-presidente da Associação Industrial Portuguesa e ex-secretário do Turismo Vítor Neto publicou o ótimo «Portugal Turismo Relatório», com dados […]

O vice-presidente da Associação Industrial Portuguesa e ex-secretário do Turismo Vítor Neto publicou o ótimo «Portugal Turismo Relatório», com dados e uma profunda análise do marasmo e prejuízo que temos tido nos últimos dez anos. Desde o extenso «Reinventando o Turismo», 2004, de Ernâni Lopes, que não via um trabalho sério assim.

Vítor Neto tem razão: não se pode abandonar os segmentos, nem os destinos onde já temos a âncora deste setor. Nem continuar com promoções que não resultam, fruto de ideias criativas, mas sem base na investigação nem experiência do trade.

Precisamos de inovar a oferta, retirar totalmente as razões das críticas de quem já cá esteve. E integrar na oferta complementos, novos nichos para o turista gastar o mais possível, consumir, levar prendas, sair do resort.

No livro «Algarve/Alentejo – My Love» menciono os nichos mais solicitados e a comprovada técnica de outros países onde, seja no site p.ex. do Algarve, nos hotéis, restaurantes, por onde o turista vai, vê um grande painel com pequenos desdobráveis ou cartões em que outras empresas oferecem os seus serviços.

Ali escrevi também que, como Vítor reiterou, não temos como concorrer com os preços da Tunísia ou Turquia; assim devemos oferecer algo que eles não têm, além do sol/mar, gastronomia e golfe.

A proposta do presidente da Região de Turismo é boa, isentar espanhóis, eu proponho estrangeiros, de portagens na A22 aos fins-de-semana. Eu proponho que seja desde as 15h00 de sexta-feira até às 10h00 de segunda-feira.

A proposta do investidor Karl-Heinz Stock no “Deixem-nos Respirar” é ótima, simplificar a burocracia fiscal e não só, para as PME terem mais tempo para atender aos clientes. A ideia da Marta Gregório, do Business Network International, um clube de PME, para permitir um “clearing” entre débitos e créditos nas contas do governo é ótima. I.e, se uma oficina auto tem faturas atrasadas a receber de alguma instituição pública, reduz do IVA, IRC ou ISS a pagar, pois o número do contribuinte é o mesmo. A Hungria o fez, ao estimular as PME há 25 anos.

Enfim, em Portugal há muitas boas ideias e práticas, mas precisam ser usadas pelo setor público. No Turismo, é hora de se pôr as PME no Conselho da Região de Turismo, em vez de só representantes de construtores/banca e políticos.

E, como disseram Vítor Neto e Desidério Silva, é hora de nos unirmos.

Venha ao debate sobre este tema dia 30 em Alte!

Sim, podemos! YES, WE CAN – TOGETHER!

 

Autor: Jack Soifer – Autor dos livros «Algarve/Alentejo – My Love», «Ontem e Oje na Economia» e «Como Sair da Crise – Algarve/Alentejo»

 

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