Cidadãos da UE pensam que poderá ser positivo mais mulheres ocuparem o poder

Um novo inquérito Eurobarómetro mostra, a propósito do Dia Internacional da Mulher , que 78 % dos europeus consideram que […]

Um novo inquérito Eurobarómetro mostra, a propósito do Dia Internacional da Mulher , que 78 % dos europeus consideram que um maior número de mulheres em posições de poder político nos países em desenvolvimento «melhoraria as coisas».

Efetivamente, mais de três quartos dos inquiridos referiram que o aumento do número de mulheres em posições de chefia nos países em desenvolvimento iria aumentar o respeito pelos direitos humanos, tendo 72 % declarado que isso iria também melhorar as condições de vida e 65% acreditado que tal permitiria evitar conflitos e guerras.

Mais de nove em cada dez europeus consideram que a igualdade entre homens e mulheres melhora a forma como as sociedades funcionam em geral e que todos os programas de ajuda devem ter especificamente em conta os direitos das mulheres.

No que diz respeito ao modo como os problemas nos países em desenvolvimento afetam os homens e as mulheres, a maioria dos inquiridos considerou que as mulheres eram mais afetadas do que os homens pela violência física (83 %), bem como pelos problemas de acesso à educação (63 %), pelo desrespeito dos direitos humanos fundamentais e pela falta de rendimento/emprego (ambos 61 %).

O Comissário da UE responsável pelo Desenvolvimento, Andris Piebalgs, comentou: «Colocamos as mulheres no centro de todas as nossas atividades, assegurando que os nossos programas de ajuda tenham em conta as mulheres em todos os setores, desde a educação e os cuidados de saúde até à agricultura e à energia e, por esta razão, estou muito satisfeito por ver que a maioria dos europeus concorda com esta abordagem».

Acrescentou ainda: «Também estou interessado em saber quantas pessoas pensam que as mulheres no poder podem ter um impacto positivo. É vital que seja dada a todas as mulheres a oportunidade de realizar o seu potencial, independentemente do sítio onde vivem».

As mulheres continuam a ser vítimas de discriminação grave nos países em desenvolvimento e a confrontar‑se com sérios riscos para a saúde, em especial os relacionados com a saúde materna. A violência afeta um terço de todas as mulheres ao longo da vida. Na sua qualidade de segundo maior doador mundial, a UE tem um papel crucial a desempenhar na ajuda ao desenvolvimento das mulheres e das raparigas.

 

Desde 2004, graças ao apoio da Comissão:

· Mais de 85 000 novas estudantes estão inscritas no ensino secundário;

· Mais de 4 milhões de nascimentos foram assistidos por pessoal de saúde;

· Foram realizadas 10,8 milhões de consultas sobre saúde reprodutiva.

 

Contexto e principais resultados

No Dia Internacional da Mulher, a Comissão Europeia apresenta um inquérito Eurobarómetro com os pontos de vista dos cidadãos europeus sobre a igualdade de género e a necessidade de capacitar as mulheres nos países em desenvolvimento. No âmbito deste inquérito, foram consultados mais de 25 000 cidadãos dos 27 Estados‑Membros.

Mais de nove em cada dez cidadãos da UE consideravam que a igualdade entre homens e mulheres melhora a forma como as sociedades funcionam e que todos os programas de ajuda devem ter especificamente em conta os direitos das mulheres.

A variabilidade dos resultados obtidos na UE no que respeita à opinião sobre a igualdade de género foi extremamente pequena, tendo os resultados mais elevados ocorrido na Suécia, nos Países Baixos e na Roménia (todos 96 %) e os resultados mais baixos na Letónia, na Eslovénia (ambas 87 %) e na Estónia (86 %).

Globalmente, os inquiridos da UE consideram que as questões que afetam mais as mulheres do que os homens são a violência física (83 %), os problemas de acesso à educação (63 %), o desrespeito dos direitos humanos fundamentais e a falta de rendimento/emprego (ambos 61 %).

A fome e a subnutrição (50 %) e o VIH/SIDA (59 %) foram os únicos aspetos que os inquiridos na UE consideravam afetar, em geral, igualmente homens e mulheres.

Os europeus são da opinião de que um maior número de mulheres em posições de poder político e de influência teria um impacto positivo nos países em desenvolvimento. O respeito pelos direitos humanos foi o elemento que obteve mais respostas positivas na UE, tendo mais de três quartos dos inquiridos declarado que um maior número de mulheres «melhoraria as coisas» (78 %).

As condições de vida da população e a prevenção dos conflitos e das guerras vieram logo a seguir, tendo, respetivamente, 72 % e 65 % dos inquiridos defendido também esse ponto de vista. Foram sobretudo os inquiridos suecos, finlandeses e irlandeses que afirmaram que a existência de mulheres nessas posições «melhoraria as coisas».

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