Portagens na A22 voltam a ser discutidas na Assembleia da República

As portagens na Via do Infante vão voltar a ser discutidas e a sua suspensão colocada a votação na Assembleia […]

As portagens na Via do Infante vão voltar a ser discutidas e a sua suspensão colocada a votação na Assembleia da República. A Comissão de Utentes da Via do Infante entregou esta quarta-feira uma petição com mais de 13 mil assinaturas no Parlamento e reuniu-se com a Comissão Parlamentar das Obras Públicas para fazer novo apelo à suspensão de portagens e voltar a colocar o assunto na agenda dos deputados.

A discussão deste assunto «ainda será agendada», estando a CUVI «a aguardar com expetativa» o anúncio da data, revelou ao Sul Informação o membro do movimento João Vasconcelos.

Além da obrigatória discussão em plenário, já que a petição tem muito mais do que as 4 mil assinaturas necessárias para que isso aconteça, a comissão recebeu a garantia «do BE e do PCP que irão apresentar um projeto de resolução na altura da discussão para que este possa ser votado».

Esta é uma nova investida do movimento anti-portagens algarvio, mas não se espera que o desfecho seja diferente da votação que já antes aconteceu. «O PS não estava representado na Comissão, mas o deputado do PSD repetiu a posição do partido a nível nacional, evocando o princípio do utilizador-pagador», revelou João Vasconcelos.

«Nós chamámos a atenção para as especificidades do Algarve, devido à atividade turística. Também lembrámos os acidentes dramáticos que se sucedem em catadupa [na EN125]. Sem isenções, as pessoas tenderão a acorrer à EN125», acrescentou.

João Vasconcelos voltou a mostrar-se preocupado com a falta de condições de segurança nesta Estrada Nacional, cuja requalificação foi agora substancialmente reduzida.  «É uma vergonha as quatro variantes não serem construídas», considerou.

Outra questão que a CUVI levantou na reunião foi o perigo de se assistir a atos mais radicais. «Neste momento, o protesto está a ser feito por nós, de forma pacífica, em ações por nós organizadas. Mas temo que, quando menos se esperar, a situação se possa descontrolar, uma vez que as pessoas estão desesperadas e vai haver muito mais gente a revoltar-se. Espero que isso não aconteça e também espero que as portagens sejam suspensas», disse.

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