Cristóvão Norte anunciou que vai apresentar uma queixa-crime, com pedido de indemnização contra o seu adversário nas eleições para a Concelhia de Faro do PSD, Carlos Pereira, por «ofensa à honra e ao bom nome calúnias». Em causa, está o teor de uma carta enviada por Carlos Pereira a todos os militantes social-democratas farenses e aos deputados do PSD à Assembleia da República, entre os quais se conta Cristóvão Norte.
Nessa missiva, segundo o que o Sul Informação apurou, constavam acusações graves a Cristóvão Norte, entre as quais não ter submetido fichas de inscrição de militantes que lhe foram entregues.
Na mesma carta, Carlos Pereira usa expressões depreciativas para se referir a Cristóvão Norte, como «rapazola». Até ao momento, não nos foi possível ter acesso à missiva original.
O deputado já reagiu a estas acusações, que afirmou serem falsas, pela mesma via, ou seja, uma carta interna aos militantes. Contactado pelo nosso jornal, Cristóvão Norte disse que já havia dito tudo o que havia a dizer sobre o assunto e que prefere não entrar no que apelida de «política pela negativa».
Na carta que enviou aos militantes social-democratas e à imprensa, Cristóvão Norte lamentou as «vis acusações» de que alegou estar a ser alvo e anunciou a intenção de ir para tribunal, adiantando que o dinheiro pedido será doado «a uma instituição de caridade do concelho de Faro».
«A política faz-se com elevação. Nem todos fazem política. Há semanas que os nossos militantes são incomodados com vis acusações sobre a minha pessoa. A despeito de tudo isto, tentámos promover um debate que esclarecesse os militantes: o nosso adversário de ocasião rejeitou liminarmente», referiu o deputado, na mesma carta aberta.
Contactado pelo Sul Informação, o responsável pela campanha de Cristóvão Norte referiu que a candidatura do deputado algarvio «não tem interesse nenhum em aprofundar esse assunto», já que quer fazer «política pela positiva».
A única ocasião onde admite fazê-lo é num debate público entre os dois candidatos, cara a cara. «O resto é folclore e baixa política», disse.
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