Houve duas ondas de calor em março

Em março, houve duas ondas de calor, em consequência das temperaturas elevadas persistentes, anunciou hoje o Instituto de Meteorologia. A […]

Em março, houve duas ondas de calor, em consequência das temperaturas elevadas persistentes, anunciou hoje o Instituto de Meteorologia. A primeira onda de calor deu-se no período de 8 a 15 de março e atingiu a região Norte e o vale do Tejo e Alto Alentejo, e a segunda foi na última semana do mês, na região Norte e Centro e na zona de Sines.

O IM explica que, na temperatura, observou-se uma anomalia relativamente aos valores normais para este mês no continente, apresentando os valores médios da temperatura máxima um desvio de +2,83%, o que a coloca como a sexta mais alta desde 1931 no mês de março. É de realçar a ocorrência de temperaturas máximas superiores ou iguais a 25ºC em muitos locais do território.

Apesar da chuva que caiu no Algarve e Baixo Alentejo nos dois últimos dias do mês, em março, em Portugal Continental, os valores da precipitação registados foram em média cerca de 1/3 dos valores normais, o que faz deste mês o sexto março mais seco desde 1931.

Contudo, na região de Lisboa e no sul do país os valores mensais da precipitação estiveram próximos dos valores normais, consequência dos elevados valores da precipitação verificados no final do mês, que contribuíram para atenuar a situação de seca extrema nestas regiões.

Como consequência, o mês de março pode caracterizar-se como muito seco a extremamente seco nas regiões do Norte e Centro, excetuando a região de Lisboa que foi normal, e seco a normal nas regiões do sul, com exceção da região de Sines onde foi chuvoso.

A seca meteorológica mantém-se em todo o território do continente, com um ligeiro desagravamento nas regiões do sul, distribuindo-se por 57% em seca extrema, 41% em seca severa e 2% em seca moderada.

Igualmente no Arquipélago da Madeira a precipitação foi muito inferior ao normal, sendo de destacar a ausência de precipitação no Funchal durante todo o mês, situação excecional que se verificou apenas em dois anos desde que existem registos (1897 e 1927).

 

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