«Há contactos», mas Fórmula 1 no Autódromo do Algarve «é uma não notícia»

A possibilidade de o Autódromo Internacional do Algarve vir a receber o Campeonato do Mundo de Fórmula 1 «é uma […]

A possibilidade de o Autódromo Internacional do Algarve vir a receber o Campeonato do Mundo de Fórmula 1 «é uma não notícia».

Quem o garante é Paulo Pinheiro, CEO da Parkalgar SA, a empresa proprietária da infraestrutura, que confirma haver «contactos preliminares com a F1, como há com uma série de outros campeonatos», mas que esta «é uma notícia que aparece sem que se saiba muito bem porquê».

Em declarações ao Sul Informação, Paulo Pinheiro explicou que a eventual vinda da F1 é uma questão que «não depende de nós». Questionado sobre a possibilidade de a prova rainha do automobilismo se disputar no Algarve já em 2018, disse: «não faço ideia».

O responsável considera que esta questão «é um não assunto, mas ficou toda a gente excitada com isto».

Paulo Pinheiro

O que é verdade, acrescentou, é que «tivemos a re-homologação da pista para Fórmula 1 em Abril deste ano, tivemos dois testes de F1 no circuito, e isso sim é fundamental. Vamos ter as Superbikes, em Setembro, e as Le Mans Series, em Outubro, duas grandes provas, e é nelas que estamos focados».

A possibilidade de o Autódromo do Algarve receber a Fórmula 1 em 2018 foi noticiada ontem pelo portal inglês Motorsport, com a notícia a ser replicada em vários órgãos de comunicação portugueses.

Paulo Pinheiro explica que «haver contactos com a Fórmula 1 e com uma série de campeonatos faz parte do nosso negócio. Constantemente, estamos a avaliar possibilidades das outras corridas para o nosso circuito, que achamos serem importantes e que tragam uma mais valia. Como é óbvio, a Fórmula 1 é o pináculo, mas tudo o que eu possa dizer além disto não corresponde à verdade».

Para trazer uma prova desta envergadura para o Algarve, é necessário o apoio do Governo, mas Paulo Pinheiro nega que já tenham existido contactos entre o Autódromo e a tutela. Questionado sobre uma estimativa do investimento necessário, o responsável do autódromo disse desconhecer o valor. Mas serão largas dezenas de milhões de euros.

Já Isilda Gomes, presidente da Câmara de Portimão, que, em jeito de brincadeira, até tinha pedido, em Setembro do ano passado, ao primeiro ministro António Costa que trouxesse a Fórmula 1 para o Algarve, contactada pelo nosso jornal, disse não ter «conhecimento das negociações», garantindo: «não vou comentar». «Seria fundamental para o Algarve, mas não tenho nenhuma informação do Governo», acrescentou.

Na notícia publicada no portal britânico Motorsport, sem citar qualquer fonte, era escrito que «o Governo português pediu aos donos do circuito para explorarem a possibilidade de trazer a F1 de volta ao país», mas as conversações entre o AIA e a F1 estão «numa fase inicial».

O mesmo site adianta que, «apesar de a economia portuguesa ainda estar a recuperar de um período difícil, acredita-se que o Governo estará em posição de investir, se o valor for razoável».

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