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A Câmara de Aljezur acredita que há «condições objetivas para um desconfinamento geral no concelho» e exige que seja contabilizada tanto a população residente, como a flutuante, no cálculo da incidência da Covid-19, defendeu esta segunda-feira a autarquia, numa tomada de posição pública.

Este município foi um dos que voltou atrás no desconfinamento, dado ter apresentado mais de 120 casos por 100 mil habitantes em duas avaliações quinzenais consecutivas – na segunda avaliação estava acima dos 500.

José Gonçalves, presidente da Câmara de Aljezur, que já se tinha manifestado «surpreendido e descontente» com o recuo no desconfinamento decretado pelo Governo para o concelho, assina uma tomada de posição pública hoje enviada às redações, onde o município considera que a decisão «é injusta e altamente penalizadora para uma população que tem sabido resistir e manter uma atitude de responsabilidade, disciplina e de sacrifício».

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«Mais uma vez vemos algumas atividades económicas a serem vítimas de medidas restritivas que não têm origem na sua atividade, apesar de todo o seu esforço para o rigoroso cumprimento das regras que lhes foram impostas», diz o comunicado.

Em causa está o facto da larga maioria dos casos que surgiram recentemente no concelho estarem ligados à atividade agrícola e às condições de alojamento dos trabalhadores migrantes que são recrutados, muitas vezes péssimas.

«Assim, e porque entendemos que existem razões claras e objetivas, exigimos que sejam revistos os critérios de avaliação, para o futuro», lê-se na tomada de posição assinada por José Gonçalves.

A justificar esta posição da autarquia está a «especificidade territorial, socioeconómica, demográfica e habitacional do concelho, há muito relatada pelas forças e autoridades locais», nomeadamente em «anos de reuniões» sobre os alojamentos temporários dentro do Perímetro de Rega do Mira.

Casos os critérios não sejam revistos e perante o facto de Aljezur acolher «um número considerável de população flutuante, poderemos estar constantemente numa situação de fragilidade e vulnerabilidade, comprometendo a nossa já muito castigada economia local», acrescentou a Câmara de Aljezur, no comunicado assinado pelo seu presidente.

A autarquia exige, desta forma, que sejam tomadas «medidas imediatas para apoio ao tecido económico local de Aljezur», que haja «o reforço da urgente vacinação de toda a população do concelho» e que sejam cumpridas as regras de alojamentos de trabalhadores aprovadas pelo atual Governo, em 2019.

 

 



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