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A associação Ecotopia Activa promove, na sexta-feira, 8 de Novembro, às 14h00, uma visita aos campos do Centro de Experimentação Agrária de Tavira (CEAT) e às coleções de variedades fruteiras, que será guiada por António Marreiros e Luís Cabrita, da CCDR Algarve/Agricultura e Pescas.

A visita terá como ponto de encontro na entrada do edifício principal do CEAT.

Esta iniciativa contará também com uma visita à horta comunitária da Amendoeira e aos talhões experimentais da associação Ecotopia Activa, nos quais se promove atualmente o cultivo de cravos, como forma a celebrar os cravos que foram cultivados há 50 anos naquele mesmo Posto Agrário e distribuídos na ruas de Lisboa nos dias 25 de Abril e 1 de Maio de 1974.

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Por fim, será ainda realizada uma visita de estudo à exposição “História do Posto Agrário de Tavira”, que será guiada por Luísa Pereira, da CCDR Algarve/Agricultura e Pescas.

Com esta iniciativa, a associação Ecotopia Activa pretende «contribuir para a promoção e divulgação do CEAT e dos muitos tesouros e segredos que enceta, aproximando o local das populações locais».

Esta associação tem sido, desde a sua génesis, uma incansável defensora da reabilitação e preservação do CEAT – Centro de Experimentação Agrária de Tavira.

A coleção de Variedades Tradicionais de Fruteiras (e de castas de Videira) da CCDR Algarve/Agricultura e Pescas é reconhecida como uma autêntica “Arca de Noé”.

Esta “viagem” começou na década de oitenta do século passado, quando se iniciou a instalação de coleções de variedades tradicionais de fruteiras, nomeadamente de Figueiras e Videira, no então Centro de Experimentação Agrária da Lameira, e de Nespereiras, no Centro de Experimentação Agrária de Tavira (CEAT).

«Fruto do trabalho que tem sido realizado ao longo dos anos para a sua preservação, a coleção existente no CEAT, em pleno coração da cidade de Tavira, é composta por centenas e centenas de recursos genéticos vegetais de enormíssimo valor que importa preservar, estudar e utilizar», salienta a Ecotopia Activa.

«Todos sabem que os cravos são o símbolo da Revolução de 1974, que marcou o fim do Estado Novo e trouxe a democracia a Portugal. Distribuídos naqueles dias aos militares, perduram nas fotografias e cartazes e são símbolo de Liberdade até hoje. O que muitos não sabem é que foi no Posto Agrário de Tavira que nasceu e foi criada a maioria dos ‘Cravos de Abril’, que marcam a História de Portugal».

A associação Ecotopia Activa voltou, 50 anos depois, a plantar os cravos vermelhos no Centro de Experimentação Agrária, desta vez pela mão de voluntários e num dos talhões das hortas comunitárias.

Em Abril de 2024, e depois de muitos meses de cuidados, os cravos ficaram novamente prontos para viajar desde Tavira até Lisboa e às mãos de Celeste Caeiro, recriando a viagem temporal e dando novamente forma aos valores conquistados a 25 de abril de 1974 e para a História de Portugal.

O edifício da atual Delegação do Sotavento da CCDR Algarve/Agricultura e Pescas, em Tavira, «encerra em si mesmo a memória da comunidade agrícola local e regional desde a primeira metade do século XX até aos nossos dias».

Herdeiro do antigo Posto Agrário de Tavira, embrião dos serviços desconcentrados do Ministério da Agricultura na região do Algarve, e porta de entrada para o Centro de Experimentação Agrária de Tavira (CEAT), é repositório de saberes e conhecimento desenvolvido, produzido e transmitido ao longo de décadas.

Por tudo isto, a CCDR Algarve/Agricultura e Pescas promove, neste lugar único e privilegiado, uma mostra retrospetiva, onde pretende dar a conhecer a sua importância e papel enquanto património coletivo.

O sítio, o edificado, as pessoas e as ferramentas, integrantes de uma narrativa pouco conhecida, são apresentados numa exposição que se encontra patente ao público de forma permanente.

Esta visita e todas as outras atividades são organizadas pela Ecotopia Activa, em parceria com a CCDR Algarve/Agricultura e Pescas, sendo integradas no Programa Equinócios do Município de Tavira.

 

 

 



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