O PS diz «Portagens nunca mais», a AD responde que «pouco acredita em promessas». O fim das portagens na A22 está a ser um dos temas quentes da pré-campanha eleitoral com trocas de acusações e diferentes compromissos.
O primeiro a falar do tema até foi Pedro Nuno Santos.
Num evento no final de Janeiro, no Porto, o secretário-geral do PS – e antigo ministro das Infraestruturas – prometeu que, se ganhar as eleições de 10 de Março, acaba com as portagens nas ex-SCUT que incluem a Via do Infante.
Desde aí – e como seria de esperar – o tema tornou-se central para os algarvios, numa altura de pré-campanha eleitoral.
Num almoço convívio este domingo, 18 de Fevereiro, os candidatos do Partido Socialista voltaram a reafirmar esse «compromisso».
Em nota de imprensa, o PS/Algarve considera que «sempre defendeu uma Via do Infante tendencionalmente gratuita».
«Em 2015, conhecendo a situação financeira em que se encontrava Portugal, o nosso compromisso foi de reduzir as portagens até 50% e, chegados a 2024, as portagens na Via do Infante custam hoje menos 60% do que custavam com a direita no Governo», acrescentam.
«A direita irrita-se com o fim das portagens porque a direita é a favor do princípio do utilizador-pagador. A direita fica incomodada quando nós afirmamos que vamos acabar com as portagens na Via do Infante porque, em 2011, o Governo do PSD e do CDS acabou mas foi com os descontos para os utilizadores frequentes e por isso não tem credibilidade para assumir agora qualquer proposta», diz Jamila Madeira, cabeça de lista do PS.
«O PS assumiu o compromisso de reduzir as portagens e diminuiu em 60% as portagens e por isso agora, com o país com as contas em dia, podemos dizer portagens nunca mais», acrescenta.
Em declarações ao Sul Informação, Miguel Pinto Luz, cabeça de lista pela AD, disse que «acredita pouco nas promessas do PS».
Garantindo que a Aliança Democrática «não promete o que não pode fazer», Pinto Luz comprometeu-se com uma «redução de 50%» do preço das portagens.
Quanto à «redução integral, iremos avaliar», acrescentou.
O cabeça de lista da AD criticou também o PS por, «no passado», ter «votado contra» a redução de 50%, proposta pelo PSD.
«O Governo votou contra a redução de 50% e depois vem dizer que sim: que credibilidade é que tem este Governo que agora oferece tudo nos últimos dois meses?», questionou.
«O Pedro Nuno Santos anda num ziguezague permanente e é por isso que vemos que os portugueses hoje querem mudança», concluiu.
Atualmente, atravessar a Via do Infante de Lagos a Vila Real de Santo António custa 4,65 euros (classe 1).
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