Ministro diz que crescimento da economia acima das expectativas dá confiança no futuro

Segundo o INE, a economia portuguesa cresceu 2,2% em termos homólogos e 0,8% em cadeia no último trimestre de 2023

O ministro da Economia António Costa Silva disse hoje que Portugal «está sempre a desmentir as projeções mais pessimistas» e que o crescimento da economia acima das expectativas dá confiança no futuro, marcado por tensões geopolíticas.

«Penso que as notícias são muito positivas para Portugal e para a economia portuguesa, todos os indicadores revelam um crescimento acima de todas as expectativas que existiam, incluindo as expectativas do Governo», afirmou o ministro da Economia e do Mar, em declarações à Lusa após a divulgação dos dados do PIB em 2023 pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o INE, a economia portuguesa cresceu 2,2% em termos homólogos e 0,8% em cadeia no último trimestre de 2023, escapando à recessão técnica, tendo garantido um crescimento do PIB de 2,3% para a totalidade do ano.

Já as exportações diminuíram 1,9% e as importações caíram 5,4% no quarto trimestre de 2023 face ao mesmo período de 2022, enquanto o indicador de clima económico, que reflete as expetativas das empresas, aumentou entre Novembro e Janeiro, invertendo o movimento descendente observado entre julho e outubro, tendo também aumentado o indicador de confiança dos consumidores.

«A economia portuguesa está sempre a desmentir as projeções mais pessimistas e mais catastrofistas», salientou o ministro, que quis deixar «uma mensagem de grande serenidade e confiança no futuro».

Costa Silva destacou, entre outros setores, o desempenho do turismo, que atingiu receitas ‘recorde’ de 27.000 milhões de euros no ano passado, bem como o da indústria metalomecânica, que ficou 5% acima das exportações registadas em 2022, e o da indústria de complementos, que cresceu 10%.

Quanto ao investimento, que observou um decréscimo em 2023, Costa Silva realçou que o investimento direto estrangeiro reportado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (Aicep) atingiu cerca de 3.500 milhões de euros, «significativamente acima» do ano anterior.

«Se nós continuarmos com aquilo que perspetivamos para 2024, que é o declínio da inflação, […] e se for conjugado com o declínio das taxas de juro do Banco Central Europeu, pode-se perspetivar notícias bastante positivas para a economia em 2024», apontou o governante.

Para este ano, o ministro da Economia apontou como elementos que causam «alguma preocupação» as três guerras simultâneas que estão a ocorrer e a estagnação económica na Alemanha.

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