Dizem-se surpreendidos, dececionados «profundamente» e ainda têm esperança de ver Cristóvão Norte ser o cabeça de lista da Aliança Democrática (AD) pelo Algarve. A escolha de Miguel Pinto Luz não caiu bem no seio das concelhias do PSD e já há uma proposta de carta de desagrado, a que o Sul Informação teve acesso, dirigida ao líder nacional Luís Montenegro.
Nessa missiva, os contestatários revelam que Cristóvão Norte foi escolhido «de forma unânime por todas as Comissões Políticas do Algarve, em virtude da sua capacidade e trabalho exemplar em prol da região ao longo de mais de duas décadas».
«A decisão contrária à vontade expressa pelas estruturas locais surpreende-nos e dececiona-nos profundamente», lê-se na proposta de carta, a que o nosso jornal teve acesso e que deverá ser enviada amanhã, após o Conselho Nacional do PSD desta noite, onde serão oficializadas as listas de deputados.
Apesar de reconhecerem que, «estatutariamente, a decisão é legítima», as 16 concelhias consideram «inaceitável escolher um candidato sem residência ou ligação efetiva à região».
«Esta escolha tem gerado um grande descontentamento entre os militantes do PSD no Algarve, manifestado através de inúmeras reclamações e até ameaças de desfiliação do partido», revela a carta.
Os contestatários apelam mesmo a Luís Montenegro para que reconsidere «esta posição, levando em consideração a vontade unânime das estruturas locais e a importância de uma representação efetiva e comprometida com a região».
Miguel Pinto Luz foi anunciado ontem como cabeça de lista da AD pelo Algarve. O vice-presidente da Câmara de Cascais chegou a ser candidato a presidente do PSD, em 2020.
Numa entrevista à CNN na manhã de hoje, Pinto Luz falou sobre as ligações que o ligam ao Algarve, familiares, pela parte de um avô paterno, e profissionais, por trabalhar na área do turismo.
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