A seca desagravou-se no Algarve e no Baixo Alentejo, em Setembro, relativamente ao mês de Agosto, o que não impediu que as duas regiões registassem, no final do mês passado, uma situação de seca severa em quase todo o território e moderada em apenas algumas zonas, revelou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera no seu mais recente boletim climatológico.
Ainda assim, houve uma melhoria em relação ao final de Agosto, altura em que Algarve e Alentejo estavam quase na totalidade em situação de seca extrema.
O mesmo documento, revela, por outro lado, que Algarve e Baixo Alentejo tinha, a 30 de Setembro, «valores muito baixos de percentagem de água no solo (inferiores a 10 %) e com muitos locais ao nível do ponto de emurchecimento permanente».
A nível nacional, a área de Portugal continental em seca meteorológica diminuiu para metade e a intensidade desagravou-se, de forma geral.
De acordo com o boletim, no final do mês passado, 54,9% do território estava em situação de seca: 11,3% em seca fraca, 26,9% em moderada e 17% em severa.
No final de Agosto, 97% de Portugal continental estava em situação de seca, 27,1% da qual em situação extrema.
De acordo com o boletim, o mês de Setembro foi classificado como quente e chuvoso.
A temperatura média do ar foi de 20,65 graus Celsius, mais 0,43 graus do que o valor normal, e também as temperaturas máximas e mínimas foram superiores ao normal.
O mês passado foi o 3º setembro mais chuvoso desde 2000, com um total de 69,1 milímetros, correspondendo a 164% do valor normal.
Esta chuva não se distribuiu uniformemente por todo o território, com valores pouco expressivos de pluviosidade em quase toda a região algarvia, com exceção da Costa Vicentina e a zona de Monchique.
No Baixo Alentejo, a quantidade de precipitação foi também mais elevada do que no Algarve, com exceção de uma zona no interior sul da região.
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