Novo edifício para a EB1 nº1 de Silves concretiza sonho de «mais de 20 anos»

Inauguração teve lugar na quarta-feira, dia 12, ao final da tarde

Um dos alçados da nova escola – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

«Há mais de 20 anos, na altura em que eu era aqui aluno, já se falava em construir uma nova escola. Por isso, hoje é um dia muito feliz para mim». As palavras são de Daniel Marques, saxofonista da Sociedade Filarmónica Silvense, ontem, durante a inauguração do novo edifício da Escola Básica do 1.º Ciclo n.º 1 de Silves, que foi inaugurada na quarta-feira à tarde.

Daniel e os restantes três músicos do Quarteto de Saxofones da Filarmónica Silvense estavam ali para dar música à cerimónia, presidida por Rosa Palma, presidente da Câmara de Silves, mas também com a presença de José Apolinário, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, entidade que gere os fundos europeus que pagaram grande parte da nova escola, ou Alexandre Lima, delegado regional da DGEstE, entre muitos autarcas, professoras, técnicos, o pároco, antigos alunos, alguns pais.

A nova escola – com projeto da autoria dos arquitetos Ricardo Pina, Paulo Simões e Jorge Guerreiro – substitui um dos dois edifícios da antiga Escola Primária de Silves, que, devido a problemas estruturais, tinha sido desativado já há alguns anos.

Esse edifício, datado de 1951, apresentava tais problemas que, como explicou uma das professoras ao Sul Informação, «não era possível recuperá-lo e teve de ser demolido».

Parte dos alunos, entretanto, tiveram de ser mudados para a Escola C+S Garcia Domingues, também em Silves. Ao todo, eram oito turmas, dos 3º e 4º anos, que lá estavam e que, agora, com a construção do novo edifício, o vêm estrear.

 

Visita à escola – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

 

O novo edifício tem dois pisos, com doze salas de aula e uma sala de informática, sanitários para alunos, professores e funcionários.

Com esta intervenção, foram ainda reorganizados os espaços exteriores da parte comum e central do complexo escolar, com a criação de uma zona de jogos para atividade física e recreio da comunidade educativa. Há igualmente uma zona de hortas pedagógicas.

No total, a obra custou cerca de 2,2 milhões de euros, dos quais pouco mais de 1 milhão foi comparticipado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). O restante é assumido diretamente pela Câmara de Silves.

A Escola Básica do 1.º Ciclo n.º 1 de Silves passa agora a estar dividida em dois edifícios: um mais antigo, que irá acolher quatro turmas e recuperar a sala polivalente e a biblioteca, e este novo, que receberá 12 turmas.

Sandra Nunes, coordenadora deste estabelecimento escolar, disse ao Sul Informação que, no ano letivo que agora abre, há 315 alunos, divididos em quatro turmas por cada ano.

 

Rosa Palma. com José Apolinário e Alexandre Lima – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

 

Na cerimónia de inauguração, a presidente da Câmara Rosa Palma, ela própria professora de profissão, manifestou a sua «felicidade» pela concretização deste investimento.

A Câmara de Silves, anunciou a autarca, está a fazer uma «grande aposta para melhorar as condições para as nossas crianças».

É que este não é o único investimento em curso nas escolas do concelho: está em fase final de construção a EB1 de Alcantarilha (2,1 milhões de euros, devendo abrir no próximo ano), enquanto o Município tem planos para candidatar, ao abrigo do PRR, obras de requalificação nas EB 2,3 Garcia Domingues (Silves) e João de Deus (São Bartolomeu de Messines).

Rosa Palma adiantou estar apenas à espera «que se desenvolvam os projetos de arquitetura, técnicos e de execução» para avançar com a candidatura.

Por seu lado, José Apolinário, presidente da CCDR Algarve, sublinhou o «empenho dos Municípios do Algarve, e do Município de Silves, neste caso concreto, na mobilização dos fundos europeus para melhorar e qualificar as infraestruturas escolares. Deste período de programação, vão resultar escolas mais funcionais e preparadas para acolher as nossas crianças e jovens».

«Ainda bem que os fundos europeus vão para as escolas!», enfatizou.

António Condessa, diretor do Agrupamento de Escolas de Silves, considerou que as novas instalações são «uma mais-valia para a escola e para os meninos», tendo feito votos de que «o novo edifício responda às necessidades de todos nós».

Entre as muitas professoras que assistiram à inauguração, a conversa dividia-se entre as que estavam contentes por ir dar aulas no novo edifício e as que lamentavam ter de continuar no antigo. Mas, no fim, todas concordavam: «agora temos condições, para nós e para os nossos meninos».

 

Fotos: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

 

 

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