EMARP critica Algar pelo estado de «insalubridade» em que está Portimão

EMARP recorda que esta situação se deve à «recolha ineficiente dos resíduos recicláveis, única e exclusivamente da responsabilidade da Algar»

Ilha ecológica a transbordar em Alvor – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

Contentores de reciclagem «a transbordar», resíduos que «acabam por voar pelas ruas» e um estado de «insalubridade que não é aceitável». É assim que a EMARP (Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Portimão) classifica a situação que se vive na cidade, apontando críticas à Algar e mostrando-se «solidária» com a indignação dos munícipes. 

Num comunicado enviado às redações, a EMARP recorda que esta situação se deve à «recolha ineficiente dos resíduos recicláveis, única e exclusivamente da responsabilidade da Algar, entidade responsável pela recolha seletiva destes três fluxos na região algarvia».

A EMARP esclarece que é «responsável pela recolha de Resíduos Urbanos Indiferenciados e Orgânicos, que durante a época estival também sofrem um aumento substancial, exigindo por parte da empresa um esforço adicional com uma periodicidade de recolha diária de forma a dar a resposta necessária e evitar que haja acumulação destes resíduos nas ruas portimonenses».

Esse desígnio, diz a EMARP, «tem sido cumprido».

A empresa municipal adianta, aliás, que este mau serviço da Algar «é recorrente e tem vindo a piorar», o que já levou a que, por diversas vezes, fossem feitos «vários alertas junta da referida entidade, havendo inclusive uma comunicação dirigida à ERSAR (Entidade, Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos) a solicitar a intervenção da instituição na resolução do problema».

A Algar, através de um contrato firmado com o Estado Português, é a única entidade responsável pela gestão dos Resíduos Recicláveis (papel e cartão/plástico e metal/vidro), assim como pelo tratamento dos resíduos urbanos gerados no Algarve.

A cobertura de custos associados à gestão dos resíduos recicláveis advém do Ecovalor, que todos os produtores de produto/embaladores ou produtores de embalagens pagam por cada embalagem que colocam no mercado, sendo esse valor distribuído pelas empresas como a Algar.

A tarifa de “Resíduos Urbanos”, integrante na fatura ambiental da EMARP, diz respeito exclusivamente aos resíduos recolhidos pela EMARP e entregues à Algar, mediante pagamento a essa empresa, para que a deposição seja feita no Aterro Sanitário do Barlavento.

Além de recolher resíduos indiferenciados, a EMARP dispõe de um serviço de recolha de “monstros” e objetos volumosos bem como restos de jardim e resíduos verdes especiais, que pode ser solicitado pelos clientes. O serviço é simples, de recolha rápida e gratuito, bastando contactar por email: [email protected] ou telefone: 808 282 260 (custo chamada local).

Apesar da sensibilização, a EMARP diz que se continua a verificar «a incorreta deposição de resíduos fora das Ilhas Ecológicas, comprometendo o espaço comum».

«Este problema, que se agrava nesta época do ano, devido ao maior fluxo de pessoas na região, deve-se também ao descarte inadequado dos resíduos por parte dos estabelecimentos comerciais, que devido à elevada produção de recicláveis comprometem a capacidade de carga da contentorização das Ilhas destinadas à produção doméstica».

De resto, para os estabelecimentos comerciais (pequeno comércio, restauração e serviços) a Algar tem um serviço disponível, dedicado, público e gratuito – o serviço Algarlinha, cuja adesão é gratuita.

 



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