Junho foi o 5º mais quente de sempre em Portugal, seca agrava no Algarve

A nível global, o mês de Junho foi o mais quente de sempre

O mês de Junho foi o quinto mais quente de sempre em Portugal, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). No Algarve, aumentou a área em seca extrema.

A nível global, o mês de Junho foi o mais quente de sempre.

A temperatura média global foi 0.53 °C superior ao valor médio 1991-2020, superando Junho de 2019, o anterior mais quente.

Na Europa, o valor médio da temperatura média do ar foi superior ao valor médio 1991-2020 (0.74 °C).

Em Portugal Continental, Junho «classificou-se como muito quente em relação à temperatura do ar e muito chuvoso em relação à precipitação».

O valor médio da temperatura média do ar cifrou-se nos 21.92 °C, +2.49 °C em relação ao valor normal 1971-2000.

O valor médio da temperatura máxima do ar, 28.03 °C, foi superior ao valor normal, + 2.68 °C.

Já o valor médio da temperatura mínima do ar cifrou-se nos 15.80 °C, + 2.31 °C superior à normal.

Durante o mês, verificaram-se valores diários da temperatura do ar, acima do valor médio mensal.

O IPMA destaca «o período muito quente de 23 a 30 com quatro dias consecutivos (23 a 26) com desvios da temperatura máxima superiores a 7 °C e da temperatura mínima superiores a 5°C».

Houve, de resto, uma «onda de calor com duração de 6 a 7 dias que abrangeu as regiões do interior Norte e Centro e a região Sul».

 

 

Em relação à seca, a 30 de Junho, 85 % do território estava em seca meteorológica, dos quais 26 % estava nas classes de seca severa e extrema.

Já no que toca à precipitação, registou-se um total de 47.9 mm que corresponde a 149 % do valor normal, sendo o 3º valor mais alto desde 2000. Durante o mês destaca-se a primeira quinzena que esteve sob condições meteorológicas caraterizadas por instabilidade atmosférica, com destaque para as regiões do Norte e Centro e em particular as zonas interiores.

De acordo com o índice de seca PDSI, no final de Junho, registou-se uma diminuição da área em seca meteorológica e da sua intensidade.

As áreas em seca severa e extrema diminuíram nas regiões do vale do Tejo e do Alentejo.

De acordo com o IPMA, foram registadas «temperaturas recordes no Noroeste da Europa».

«As maiores anomalias foram registadas na Irlanda, Reino Unido, Bélgica e Holanda que tiveram o Junho mais quente de sempre», acrescenta.

Também França e Escandinávia registaram valores muito acima da média. Na Península Ibérica, também se registaram valores acima do normal, exceto na parte sudeste na Península.

Em contraste, o sul dos Balcãs, Grécia, Turquia e oeste da Rússia foram mais frios do que a média.

Em relação à precipitação na Europa, verificaram-se condições mais húmidas do que a média na maior parte do sul da Europa, oeste da Islândia e noroeste da Rússia; fortes precipitações levaram a inundações na Turquia, Kosovo e Romênia.

Por outro lado, verificaram-se condições mais secas que a média numa grande faixa de oeste a leste na Europa Central e Oriental e na Escandinávia, bem como na costa oeste do Mar Negro.

 



Comentários

pub