Está a passar «um pouco de tudo pelas açoteias» de Faro [com fotos]

Festival Açoteia termina hoje, em Faro

Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

Em Faro, por estes dias, a cultura anda “mais elevada” e há muito para ver no topo dos edifícios – e não apenas as vistas. O Açoteia – Faro Rooftop Festival começou na quinta-feira, com um concerto de Bateu Matou, e ainda irá espalhar «um pouco de tudo pelas açoteias» da capital algarvia no dia de hoje, sábado, 8 de Julho.

Oficialmente, o festival começou ontem e acaba hoje, mas, na quinta-feira, foram muitas as pessoas quese reuniram no Largo da Pontinha, em Faro, para ouvir a banda Bateu Matou tocar na açoteia do antigo café Chocolate, que até hoje nunca tinha sido utilizada.

Antes, este edifício revestido de pedra, situado no topo do Largo da Pontinha, já havia acolhido a primeira Açoteia Talk, um ciclo de conversas associado ao festival.

No mesmo dia, foi inaugurado um mural no topo da Fábrica da Cerveja, na Vila-Adentro de Faro, um projeto realizado no âmbito da European Creative Rooftop Network (ECRN), uma rede internacional a que Faro pertence.

Este foi, no fundo, um abrir de apetite para o prato principal, que também será servido este sábado.

Em 2023, há mais açoteias a participar, em relação à primeira edição (em 2019), o que permitiu reforçar o programa, que inclui duetos musicais como Irma com Tiago Nacarato, Tatanka com Milhanas, João Gil com Tainá, Viviane e Tó Viegas, entre muitos outros, além de concertos a solo de nomes como Goldcobra, Fernando Leal, Yuka ou Nelson Conceição.

 

Bateu Matou – Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

 

«Dos eventos que temos feito ao longo destes anos, na área da cultura, o Açoteia foi, talvez, aquele que deixou mais água na boca, acima de tudo por ter tido a primeira edição em 2019 com grande sucesso e, depois, ter estado três anos sem o realizar, por causa da pandemia», disse ao Sul Informação Paulo Santos, vice-presidente e vereador da Cultura da Câmara de Faro.

«Quando decidimos avançar para a realização do festival e lançámos a call pública, percebemos que a edição de 2019 tinha deixado alguma coisa, uma semente. Este ano, há 35 açoteias, quando, na primeira edição, foram 20. Também há muito mais pessoas, associações e projetos que se querem apresentar no festival», acrescentou, confessando: «esta atração que pessoas, proprietários e agentes culturais sentiram, até a nós nos surpreendeu».

O objetivo do Açoteia é mesmo esse: «olhar para a cidade de uma outra perspetiva e acho que estamos a conseguir esse desígnio».

«Hoje, as pessoas usam as açoteias não apenas por uma questão lúdica – e os rooftops são algo que está um pouco na moda -, mas também por questões ligadas à sustentabilidade. As pessoas olham para as suas açoteias e veem uma forma de, se calhar, poupar custos, melhorar a condição das habitações e fazer algo delas que não seja apenas o sítio onde colocam os aparelhos de ar condicionado e os painéis solares», resume Paulo Santos.

 

Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

 

O festival dá a oportunidade de conhecer alguns destes espaços com vista privilegiada, muitos deles normalmente inacessíveis à população em geral.

Assim, Paulo Santos aconselha o público a andar pela cidade «à descoberta das 35 açoteias», até porque há alguns eventos que serão «muitos exclusivos», uma vez que há «açoteias muito pequenas, onde não cabe muita gente» e às quais apenas os primeiros a chegar poderão aceder, «por questões de segurança».

O festival funcionará das 18h00 às 00h00. Os bilhetes, que deverão ser comprados à porta das açoteias aderentes, custarão 5 euros por pessoa por dia – sendo gratuito para crianças até aos 12 anos. Algumas das açoteias terão entrada livre.

O programa pode ser consultado aqui.

 

Fotos: Hugo Rodrigues | Sul Informação

 

 

 

 

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