PJ alerta para aumento da oferta de droga e pede mais meios para combate

PJ diz que já foram apreendidas cerca de 40 toneladas de droga em Portugal nos primeiros seis meses deste ano

A Polícia Judiciária (PJ) alertou hoje para o aumento da circulação de droga, que já levou este ano à apreensão de praticamente a mesma quantidade apreendida em 2022, defendendo mais meios para o combate ao tráfico.

Em conferência de imprensa realizada na sede da direção nacional da PJ, Rui Sousa, coordenador da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE), sublinhou que já foram apreendidas cerca de 40 toneladas de droga em Portugal nos primeiros seis meses deste ano, com destaque para o haxixe e a cocaína.

«Em algumas drogas há já uma quantidade apreendida superior ao ano passado, sobretudo haxixe. Em relação à cocaína ainda não é superior ao valor do ano passado, mas é já bastante considerável», referiu o responsável da PJ, apresentando as explicações para a realidade atual: «Será um conjunto de várias coisas: um aumento da oferta dos países produtores e um aumento da capacidade e da eficácia das autoridades envolvidas no combate».

Rui Sousa sinalizou ainda que a cocaína é, sobretudo, proveniente de países da América do Sul, enquanto o haxixe que tem chegado a Portugal provém maioritariamente de Marrocos.

O alerta da PJ acontece, precisamente, no Dia Internacional Contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, com as autoridades a assinalarem a data com a incineração de cerca de seis toneladas de vários tipos de droga apreendida durante os últimos meses.

A destruição da droga decorreu sob a supervisão de uma comissão constituída por um magistrado do Ministério Público, um investigador da PJ e um perito do Laboratório de Polícia Científica.

Em 2022 foram apreendidas quase 42 toneladas de droga, segundo o relatório de 2022 de Combate ao Tráfico de Estupefacientes em Portugal, que reúne os dados das apreensões de droga realizadas por PJ, GNR, PSP, Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e ainda por outras entidades do Estado, como a Polícia Marítima (PM) e a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).

 



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