O Governo aprovou esta quinta-feira, 22 de Junho, a classificação dos Banhos Islâmicos de Loulé (ou hamman) como Monumento Nacional.
A aprovação aconteceu na reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira, em Évora.
Em comunicado, o Governo lembra que os «Banhos Islâmicos de Loulé, descobertos em 2006, constituem os primeiros e, até agora, únicos edifícios desta tipologia arqueologicamente documentados em Portugal, bem como um dos mais completos complexos do género identificados na Península Ibérica, sendo dignos de uma classificação de âmbito nacional».
Desde Novembro de 2021 que já se sabia que os Banhos Islâmicos iam ser Monumento Nacional, mas a aprovação só aconteceu agora.
Na altura, Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, congratulou-se com a classificação.
«Eu bati-me por isto desde sempre. É uma excelente notícia e uma grande mais-valia até para todo o Algarve porque não há, em Portugal, um complexo como os nossos Banhos Islâmicos», considerou ao Sul Informação.
Após profundas obras de musealização, os Banhos Islâmicos abriram ao público em Maio deste ano.
Com projeto do arquiteto Vítor Mestre, especialista em reabilitação do património arquitetónico, a intervenção levada a cabo nos Banhos Islâmicos de Loulé foi para valorizar o património, também em termos turísticos, em pleno Centro Histórico da cidade, no Largo D. Pedro I.
O edifício conta a história não apenas dos banhos islâmicos, mas também da Casa Senhorial dos Barretos, o edifício nobre criado no século XV, cujas memórias também enriquecem este núcleo museológico.
Além de uma área interpretativa dos vestígios arqueológicos encontrados no local, ao longo de cerca de uma dezena de anos de escavações, que compõem uma primeira sala, há um espaço onde é possível ver os antigos banhos e, até, visualizar cenas do passado, em painéis interativos 3D que simulam o dia a dia deste edifício, há 800 anos.