“Porquê?”, uma exposição que responde às inquietações dos alunos do Colégio de Vilamoura

Exposição foi inaugurada esta terça-feira, 2 de Maio

A pergunta surgiu numa aula de Filosofia, mas a inquietação era antiga. Por «várias vezes», Bruno Baptista, então aluno do Colégio Internacional de Vilamoura (CIV), cruzou-se com vídeos no Tik Tok que o fizeram questionar-se: «será que todo o conhecimento é verdadeiro?». A interrogação, que fez parte do X Festival de Perguntas do CIV, ganhou agora a forma de obra de arte e pode ser vista por todos, na Galeria Aderita Space, em Vale do Lobo.

Esta foi uma das perguntas selecionadas por 10 artistas, escolhidos pelo Colégio de Vilamoura para esta mostra, inaugurada esta terça-feira, 2 de Maio.

O desafio foi comum a todos: escolher uma das perguntas deste Festival, feitas pelos alunos, e conceber uma obra com base nessa mesma interrogação.

 

 

O lote de perguntas é variado: “Os humanos são melhores a criar coisas ou a destruí-las?” (Débora Ferreira, 10.º ano), “Existem limites ao nosso pensamento?” (Inga Lopes, 11.º ano) ou “A vida pode acabar antes da morte?” (Daniel Ramos, 8.º ano).

A de Bruno Baptista, então aluno do 10º ano, foi “será que todo o conhecimento é verdadeiro?”. A história, por detrás desta interrogação, é explicada pelo próprio.

«Esta pergunta surgiu numa aula de filosofia, mas foi muito baseada na questão das fake news, essencialmente no Tik Tok. Muitas vezes nós, adolescentes, estamos só a fazer scroll e acabamos por ver alguma coisa que é um pedaço de conhecimento, mas apercebemo-nos de que não é verdadeira», contou ao Sul Informação, à margem da inauguração da exposição.

Por «várias vezes», confessou Bruno Baptista, já aconteceu «estar a ver algo, comentar com o meu pai e ele dizer-me que aquilo não era verdadeiro».

O resultado da sua pergunta ganhou a forma de uma obra de Guilherme Limão, de que Bruno Baptista gostou.

 

 

 

Laurinda Silva e Dina Adão, do Colégio Internacional de Vilamoura, são as mentoras do Festival de Perguntas do CIV, do qual resultou esta exposição.

«Como a iniciativa faz 10 anos, decidimos que o Festival deveria extrapolar os muros do Colégio, ganhando outro impacto», disse Laurinda Silva, professora de Filosofia, ao nosso jornal.

Depois de terem estado expostas nas montras da Rua Maria Campina, em Loulé, as perguntas foram também o mote para esta exposição, sendo que a escolha dos artistas tentou ser o «mais abrangente possível».

«Tentámos escolher pessoas de várias áreas – alguns contactos não surtiram o efeito desejado, mas acho que conseguimos chegar a um número considerável», adiantou Dina Adão.

Os artistas escolhidos foram, por exemplo, Filipe da Palma (fotógrafo), Adriano Aires (pintura), Luís da Cruz (fotógrafo) ou Adérita Silva (artista plástica). Também fazem parte Bruno Ceriz, Guilherme Limão, Margarida Palma Gomes, Mary Berry, Fernando Madeira e Sandro Soutilha.

A exposição, cujo catálogo pode ser consultado aqui, estará patente até 21 de Maio.

 

 

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