«Respeito» pediram professores ao ministro que “fugiu” pelas traseiras

«Queremos respeito, justiça e que sejamos ouvidos»

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

«Respeito» é, acima de tudo, o que pedem as dezenas de professores que, na tarde desta quarta-feira, 1 de Março, protestaram frente à Escola Secundária Pinheiro e Rosa, em Faro, onde esteve o ministro da Educação, que “fugiu” pelas traseiras, evitando cruzar-se com os manifestantes.

Às 16h00, já dezenas de docentes estavam à porta desta escola com cartazes a pedir a valorização da carreira, contagem do tempo de serviço em falta e que se resolva a questão do «afunilamento» das quotas de acesso ao 5º e 7º escalão.

«O sentido de injustiça é tremendo. Dizem que não há dinheiro, mas o que vemos é a discrepância do que se investe na TAP e na banca, enquanto na Escola Pública esse investimento é cada vez menos», lamentou Inês Fernandes, professora de Educação Física, ao Sul Informação. 

«Queremos respeito, justiça e que sejamos ouvidos», continuou Cátia Cardoso, docente de Físico-Química há 24 anos.

 

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

«Mais do que professora, sou mãe de três filhos que frequentam a Escola Pública e estou aqui por eles, por mim e pelos meus alunos. Estas negociações que estão a decorrer estão centradas num único ponto que é a questão da colocação dos professores e o que está a ser proposto neste momento é pior para nós», realçou, reforçando que todas as reivindicações que têm levado os docentes a aderir às greves «nem sequer estão em cima da mesa».

À porta da Escola Secundária, professores de vários estabelecimentos de ensino do Algarve esperavam uma resposta do ministro da Educação, mas João Costa entrou pelas traseiras.

O governante esteve na Pinheiro e Rosa no âmbito da entrega das bicicletas SUAVA do projeto Desporto Escola Sobre Rodas, visita inserida no programa “Governo + Próximo”, que, durante o dia de hoje e amanhã, traz todo o executivo ao Algarve.

 

Fotos: Mariana Carriço | Sul Informação

 

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