No imediato, o objetivo é fazer obras para aumentar a segurança e cumprir as normas em vigor, mas, a longo prazo, a ideia da Câmara de Lagos é reformular quase totalmente o Centro Cultural e torná-lo numa sala de espetáculos mais moderna.
A autarquia lacobrigense lançou no dia 12 de Dezembro o concurso público para a obra de requalificação do Centro Cultural de Lagos, com um valor base de 485 mil euros.
Contactada pelo Sul Informação, Sara Coelho, vereadora da Câmara de Lagos com o pelouro da Cultura, explicou que esta é a primeira de duas fases de uma intervenção profunda neste espaço.
«A necessidade de realização de obras no Centro Cultural resulta de um relatório que nós recebemos da parte da Inspeção-Geral das Atividades Culturais, que apontava a necessidade de implementação de algumas medidas de segurança, que se prendem com o alargamento, nalguns centímetros, do espaçamento dos corredores de passagem», disse.
O auditório do CC de Lagos «está dividido em três grupos de cadeiras, as duas laterais e a central, e as faixas de passagens necessitam de um pequeno alargamento».

Uma vez que tinha de fazer esta correção, a Câmara de Lagos decidiu «aproveitar a oportunidade e fazer mais algumas alterações».
Na primeira fase, a alcatifa do auditório será «integralmente substituída», o que vai permitir «reposicionar e recolocar as cadeiras com uma perda mínima de lugares».
«Se não fizermos isto sem arrancar a alcatifa, acabamos por perder mais lugares do que com esta solução», revelou a vereadora da Câmara de Lagos.
«Também vamos introduzir nova iluminação nas escadas do auditório, para evitar eventuais quedas e tornar o espaço mais seguro», acrescentou.
Outra intervenção contemplada no concurso agora em curso é a de «transformação dos antigos camarins, situados no piso -1, para os transformar em zona de arrumos. Os camarins já não estão adequados às exigências da atualidade, nem no que diz respeito à dimensão, nem no que toca à localização, pelo que serão reformulados».
«No primeiro andar, vamos criar um ponto de água numa das salas, para que esta acolha o futuro educativo da área cultural. Este é um novo serviço que pretendemos implementar e achamos ser importante a existência de de uma torneira», ilustrou Sara Coelho.
Está previsto que esta 1ª fase tenha uma duração de cinco meses e comece «em Maio. Isso deverá permitir que esteja concluída a tempo do Dia da Cidade, em Outubro».

Mais tarde, em data ainda por definir, mas que a membro do executivo lacobrigense espera que seja «ainda no próximo ano ou em 2024», avançará a fase 2.
Nesta empreitada, «a antiga zona de cafetaria, no piso térreo, vai ser transformada em camarim e será construído um acesso para os artistas que tenham mobilidade condicionada ou reduzida. Com a configuração atual do auditório, não é possível para quem tenha condicionantes de mobilidade aceder ao palco».
«Também na segunda fase iremos substituir integralmente o palco e renovar o sistema de som», concluiu a vereadora da Câmara de Lagos.
Toda a informação sobre o Concurso Público que está em curso pode ser consultada aqui.
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