O deputado Luís Graça e o presidente da Câmara de Loulé Vítor Aleixo são os dois candidatos à presidência da Federação Regional do PS Algarve, cujas eleições decorrem a 5 de Novembro, em todas as concelhias algarvias.
Há quase 20 anos, desde 2003, com a disputa entre Miguel Freitas, Luis Carito e Manuela Neto, que a liderança do PS Algarve não era alvo de várias candidaturas. Nessa altura, o vencedor acabou por ser Miguel Freitas.
No caso de Luís Graça, trata-se de uma recandidatura, já que é ele o atual presidente do PS algarvio. Na carta enviada aos militantes do Partido Socialista na região e aos órgãos de informação, apresentando a sua recandidatura, Luís Graça salienta que «hoje o Algarve dispõe de 300 milhões de euros», para «diversificar a sua base económica».
Por outro lado, o atual deputado acrescenta que «a saúde foi sempre a nossa principal prioridade e o novo Hospital Central e Universitário do Algarve a nossa bandeira», uma luta que, considera, está a dar frutos, uma vez que «o Conselho de Ministros decidiu, no passado dia 29 de Setembro, avançar com o processo».
«É um ato de justiça ao Algarve, que premeia a luta dos socialistas algarvios, dos seus autarcas e profissionais de saúde», acrescenta Luís Graça na sua carta aos militantes.
«Ao mais importante equipamento social para a região, junta-se, em Lagos, o novo Hospital Terras do Infante, já em funcionamento, o futuro centro oncológico no Parque das Cidades, a renovação dos centros de saúde, com financiamento garantido no PRR, e o aumento, já aprovado, do número de alunos da Faculdade de Medicina do Algarve».
Tudo isto leva o recandidato à presidência do PS/Algarve a dizer: «sinto que a nossa opinião é respeitada junto da direção nacional do Partido Socialista, que temos capacidade de influência para apoiar os nossos eleitos junto do Governo e oferecer condições políticas às concelhias, onde precisamos de ter organização e ambição para vencer as próximas eleições autárquicas».
Opinião diferente tem Vítor Aleixo, que diz ter decidido avançar com a sua candidatura «após ponderação», afirmando-se «pela revitalização e dinamização da vida política interna do nosso partido, em ordem a robustecê-lo para melhor defender os interesses da região e dos algarvios, numa perspetiva de solidariedade com as opções políticas da governação nacional».
A sua candidatura, sublinha Vítor Aleixo, «traduz a vontade de todos aqueles que defendem que o partido precisa de estar mais presente na vida das concelhias, numa relação de proximidade com os militantes, para debater políticas, discutir projetos e melhor servir os algarvios», nas suas «maiores necessidades, como sejam a saúde pública, a área social, a educação e, em particular, a ação climática e a água».
Aleixo sublinha que «há aproximadamente 20 anos que a liderança do PS não é disputada com confronto de ideias e projetos», forma que considera ser a «única» que dignifica «a imagem dos partidos políticos em Democracia».
O candidato faz ainda referência ao seu vasto currículo político: «com quase 40 anos de militância no PS, 16 deles em exercício de funções autárquicas na Câmara de Loulé, sempre a honrar as causas e os valores do socialismo democrático e a contribuir para o aumento do prestígio do PS no concelho e na região».
Por tudo isso, acrescenta Vítor Aleixo na carta dirigida aos militantes algarvios do PS e publicada no mural da candidatura no Facebook, «a minha proposta sintetiza-se numa ideia: continuar com dedicação a servir o PS e o bem público».
As eleições para a presidência da Federação do PS no Algarve estão marcadas para 5 de Novembro próximo. Podem votar os militantes inscritos até seis meses antes da data do ato eleitoral e que, até 21 de Outubro (quinze dias antes), tenham as suas quotas pagas.
Além da eleição do presidente da Federação, decorre também a eleição dos delegados ao Congresso do PS Algarve, que terá lugar depois e onde serão eleitos os restantes órgãos.
Corrigida às 209H58 de dia 19 retirando a referência incorreta a uma outra candidatura anterior de Aleixo.
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