Relógios atrasam-se uma hora na madrugada deste domingo

Um grupo de peritos internacionais está contra a mudança da hora na União Europeia

Os relógios voltam a atrasar-se uma hora na madrugada deste domingo. Com esta alteração, em Portugal Continental e na Região Autónoma da Madeira, os relógios deverão ser atrasados uma hora, quando forem 02h00, passando a ser 01h00. Já na Região Autónoma dos Açores, a mudança será feita à 01h00, passando para a 00h00.

O atual regime de mudança da hora é regulado por uma diretiva comunitária de 2000 e prevê que, todos os anos, os relógios sejam, respetivamente, adiantados e atrasados uma hora no último domingo de Março e no último domingo de Outubro, marcando o início e o fim da hora de Verão.

No entanto, segundo o Jornal de Notícias, um grupo de peritos internacionais está contra a mudança da hora na União Europeia (UE), defendendo o alinhamento dos fusos horários nos diferentes países, aproximando-os o máximo possível da hora solar e tornando-os permanentes.

Segundo os peritos de mais de 70 instituições internacionais, que subscreveram a Declaração de Barcelona sobre Políticas do Tempo, as mudanças na hora legal “não têm efeitos significativos na poupança energética”, ao passo que a manutenção da mesma hora “melhora a saúde, a economia, a segurança e o meio ambiente”.

Argumentos partilhados também pela Associação Portuguesa do Sono que, há anos, defende a adoção da hora de Inverno como o horário que melhor se adequa a crianças e a adultos portugueses.

“Esta mudança não altera apenas o tempo que marcam os ponteiros, mas também tem repercussões no ser humano, que tem de adaptar o seu relógio interno”, refere a associação, acrescentado que “a adaptação a esta transição horária é variável entre as pessoas, podendo levar uma semana até que se consiga fazer o ajuste”.

Nos próximos dias, as crianças, “que têm tendência a acordar muito cedo, poderão passar a acordar, pelo novo horário, uma hora mais cedo, dificultando o sono dos pais”.

Os especialistas que assinaram a Declaração de Barcelona propõem, como primeiro passo, que todos os países da UE acabem com a mudança da hora na Primavera (a hora de Verão, em que os ponteiros do relógio são adiantados 60 minutos) e continuem com a hora de Inverno. Os países cujo fuso horário recomendado é a sua hora padrão atual não teriam de fazer alterações.

Depois, num segundo passo, os países cujo fuso horário recomendado não corresponde à sua hora padrão, como Portugal, Espanha, Bélgica, França, Grécia, Irlanda, Luxemburgo e Países Baixos, atrasariam uma última vez os ponteiros do relógio no Outono, para poderem adotar o fuso horário recomendado como a sua nova hora padrão.

Os Açores têm sempre menos uma hora do que o continente e a Madeira.

 

 



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