O auditório da Fundação Manuel Viegas Guerreiro, situada em Querença, Loulé, foi pequeno para receber os habitantes de Querença, Tôr e Benafim, que se deslocaram em peso, ontem à noite, para ouvir prós e contras da reorganização administrativa deste território.
A Fundação convidou o jurista Quirino Mealha, membro da instituição, para fazer o enquadramento legal da possibilidade de utilizar o período transitório e irrepetível que a lei n.º 39/2021, de 24 de junho, concede para cimentar a identidade cultural e devolver a autonomia administrativa a cada uma das comunidades.
O prazo-limite para que este intuito se cumpra através de um processo simplificado termina no dia 21 de dezembro.
A título não oficial, compareceram a presidente da União de Freguesias de Querença, Tôr e Benafim, Margarida Correia, e, em representação do Município, o diretor municipal da Câmara de Loulé, Júlio Sousa.
Já na sequência do encontro, foi por alguns elementos sugerida a criação de uma comissão mista para acompanhar o processo e concretizar o objetivo em vista.
Da sessão pública, que se prolongou até à meia-noite, ficou explícita a necessidade de acelerar os trâmites legais para atingir este fim.
A maioria dos presentes expressou o sentimento do regresso às origens, restaurando a configuração inicial das freguesias de Querença, Tôr e Benafim, autónomas.
Com esta sessão pública, a Fundação afirma dar «o seu contributo cívico para um debate profundo, esclarecedor e consciente, não pretendendo substituir-se aos eleitos locais nem aos partidos políticos, a quem, em última instância, cabe a palavra final».
«Consideram-se essenciais a participação ativa da população e a sua pronúncia sobre uma matéria de particular importância para cada um dos cidadãos», conclui a Fundação.
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