À primeira vista, poderia parecer que era apenas uma operação de charme, envolvendo laranjas do Algarve. Mas a ação para celebrar o Dia Mundial do Turismo que foi levada a cabo ontem, 27 de Setembro, no Aeroporto Gago Coutinho, em Faro, foi mais que isso: foi uma prova que «as duas atividades económicas mais representativas do Algarve», os setores agrolimentar e turístico, podem andar de mãos dadas.
A Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, em parceria com Região de Turismo do Algarve e o apoio da associação de produtores AlgarOrange, distribuiu laranja algarvia certificada, com Indicação Geográfica Protegida (IGP), a viajantes que tinham acabado de aterrar em Faro.
E se alguns dos estrangeiros abordados se mostraram pouco recetivos, outros receberam o presente com um sorriso na cara e até houve aqueles que não só aceitaram o presente prontamente, como fizeram questão de mostrar que sabiam que «a laranja algarvia é muito boa».
Segundo Pedro Valadas Monteiro, diretor regional de Agricultura e Pescas, a ideia foi mostrar a quem nos visita «aquele que é um dos cartões de visita do Algarve».
«A laranja é uma das produções mais afamadas da região e é reconhecida internacionalmente. Estamos nesta campanha a usar laranja IGP, porque é isso que dá garantias da qualidade e diferenciação do produto», disse.
«Fazemos gala de ter aqui nesta iniciativa a laranja do Algarve certificada, que continua com a excelente qualidade que a carateriza: o equilíbrio entre a acidez e o doce, muito sumarenta. Estamos bastante agradados», acrescentou.
José Oliveira, presidente da AlgarOrange, que também ajudou a entregar laranjas no Aeroporto, considerou que a iniciativa, durante a qual se distribuíram cerca de 200 quilos de laranja, «correu bem».
«O nosso objetivo foi pôr a laranja e a IGP do Algarve, na ordem do dia. Quisemos passar a mensagem que a laranja é boa e certificada», disse
Pedro Valadas Monteiro considerou ainda que «faz todo o sentido que a agricultura, a produção agroalimentar e o turismo deem as mãos como as duas atividades económicas mais representativas do Algarve. Penso que ambos os setores têm a ganhar se trabalharem, efetivamente, em conjunto».
O diretor regional de Agricultura e Pescas do Algarve não esconde que «gostava de ver mais laranja nas unidades turísticas da região.
«Penso que esse é um dos passos que temos de dar para sermos uma região mais equilibrada, do ponto de vista da dinâmica económica. Temos de trabalhar estas questões do abastecimento com produções regionais. Penso que todos têm a ganhar», reforçou Pedro Valadas Monteiro.
«É completamente diferente um turista, de manhã, ter à mesa um sumo feito com laranja fresca IGP do Algarve do que ter um feito com outra laranja qualquer ou mesmo artificial», concluiu.
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