CCDR já definiu as áreas prioritárias para aplicar os 780 milhões do Algarve 2030

Algarve terá acesso a um pacote adicional de 300 milhões de euros

Mar, Saúde e Envelhecimento Ativo, Agroindustrial Sustentável, Digital, Energias Renováveis e Indústrias Culturais. São estas as áreas que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve elegeu como prioritárias para investir as centenas de milhões de euros que estarão à disposição da região no Portugal 2030, o próximo pacote de fundos comunitários.

No próximo quadro comunitário de investimento, o Algarve «vai receber um adicional de 300 milhões de euros de Fundos Europeus, com o objetivo de contribuir para a necessária diversificação económica da Região».

No total, a fatia de fundos comunitários ao dispor da região, neste período de financiamento, ascenderá aos  780 milhões de euros.

Este é, «efetivamente, dinheiro para investir em projetos de médio/longo prazo, que mitiguem os principais problemas da região e melhorem a qualidade de vida das populações, atraindo mais pessoas para viver e trabalhar no Algarve, diversificar a base económica da região, criando mais qualificação, mais conhecimento, mais emprego, melhor saúde, melhor mobilidade. É da real alavancagem da região que estamos a falar»,  assegurou José Apolinário, presidente da CCDR algarvia, no âmbito de uma jornada de trabalho dedicada ao crescimento azul, economia do mar e colaboração transfronteiriça.

O mesmo responsável revelou que Programa Algarve 2030 «alocará cerca de 150 milhões de euros para apoio às empresas e investimentos produtivos preferencialmente alinhados com estas escolhas».

 

 

«O turismo, naturalmente, vai manter-se como a primeira e qualificada atividade económica da região, mas, nesta área específica, a aposta recai na consolidação de uma agenda verde, o que implica que os investimentos sejam particularmente dirigidos para a qualificação do território e dos recursos humanos e o reforço na sustentabilidade, o que vai permitir conquistar novos segmentos de turistas e reduzir a sazonalidade do setor», revela a CCDR.

“Vamos dinamizar o ecossistema de empresas na área do mar. Na náutica de recreio e turismo náutico, na aquicultura (e pescas), nas algas, na preservação do ecossistema de carbono azul, nos estaleiros de reparação e construção naval. Em suma, explorar, com sustentabilidade, o potencial do mar e das zonas estuarinas. Vamos fazê-lo», esclarece José Apolinário.

 

 

«Somar, convergir, trabalhar em concertação e articular os Fundos Europeus geridos na Região, com os do PRR, os do próximo Mar 2030, do Fundo Ambiental, do programa de cooperação transfronteiriça Interreg Espanha Portugal (POCTEP) e, sobretudo, termos nos demais agentes de desenvolvimento (entre outros, Universidade do Algarve, tecido empresarial, e investidores) verdadeiros parceiros», acrescentou  o presidente da CCDR Algarve.

Para José Apolinário, «os licenciamentos precisam de ser mais ágeis e é necessário articular melhor as diferentes entidades da Administração Central que têm intervenção no conjunto de operações afetas à gestão dos fundos comunitários. Contamos com o Governo para que esta sólida oportunidade de diversificar a base económica da região avance a bom ritmo. O país precisa de um Algarve forte e empoderado e a resiliência dos algarvios é a maior prova de que o merecem».

A jornada dedicada ao Crescimento Azul, no âmbito da qual foi feita esta antecipação do Algarve 2030, foi uma iniciativa desenvolvida no âmbito do projeto de cooperação transfronteiriça ATLAZUL, cofinanciado pelo INTERREG V-A Espanha Portugal (POCTEP).

 

 



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