PSD lamenta que Hospital São Gonçalo de Lagos tenha sido integrado no SNS

«É lamentável que a cabeça de lista do PS afirme que o PSD não pretende construir o novo Hospital Central do Algarve, quando essa proposta está bem explícita»

Os candidatos algarvios do PSD lamentam, em nota de imprensa, a «decisão apressada, tomada a menos de uma semana das eleições» de integrar o Hospital de São Gonçalo de Lagos, no Serviço Nacional de Saúde (SNS). 

O contrato que integra este antigo hospital privado no SNS foi assinado na passada terça-feira, dia 25 de Janeiro, em Lagos, e é agora alvo de críticas dos sociais-democratas.

«O Partido Socialista e o Governo têm acusado o PSD de querer privatizar o SNS, mas vêm agora com toda a pompa e circunstância congratular-se com um negócio que entrega 43.000 euros todos os meses aos privados para garantir apenas 23 camas», diz o PSD, numa nota enviada à imprensa.

O partido de Rui Rio lamenta ainda «que seja feito mais um acordo à socialista, uma TAP à moda do Algarve que nada mais é do que uma tentativa de salvar um grupo privado de saúde de um negócio pouco viável: um grupo privado que depois da compra do edifício do Hospital de São Gonçalo de Lagos por um grupo francês, vem agora, menos de um mês depois, ceder a sua posição ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve».

Os deputados do PSD eleitos pelo Algarve comprometem-se, «logo após a tomada de posse na Assembleia da República, a pedir esclarecimentos ao Governo, à Administração Regional de Saúde do Algarve e ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve sobre os detalhes deste acordo que é claramente lesivo para os interesses do país e da população».

O tema da saúde tem estado em destaque hoje.

Ao início da manhã, o PS criticou o facto de o PSD não incluir o Hospital Central nas suas propostas, algo que os sociais-democratas refutam.

«É lamentável que a cabeça de lista do PS afirme que o PSD não pretende construir o novo Hospital Central do Algarve, quando essa proposta está bem explícita no programa nacional do partido, bem como é uma das medidas fundamentais dos candidatos pelo círculo de Faro», dizem.

«É preciso recordar que tem sido o PS a adiar, ano após ano, esta obra fundamental. Prometeu a obra nas eleições de 2015 para a suspender logo em 2016. O tema voltou em 2019, antes das eleições, para voltar a ser posto na gaveta por Jamila Madeira, quando chegou a secretária de Estado da Saúde», acrescenta o PSD.

«O Partido Socialista vem agora, em desespero e a poucos dias das eleições, pedir confiança para continuar a investir na saúde do Algarve. É preciso recordar o Partido Socialista que há mais de 82 mil algarvios sem médico de família, um número que é hoje 24% superior ao que se verificava no final de 2020. É preciso recordar o Partido Socialista que os tempos de espera continuam a aumentar na região graças ao Governo que está no poder», conclui.

 



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