Maior central fotovoltaica do país é inaugurada amanhã em Alcoutim

Central tem uma potência de 219 megawatts

A maior central fotovoltaica a operar em Portugal, situada entre Vaqueiros e Martim Longo, em Alcoutim, vai ser inaugurada amanhã, sábado, dia 9, numa cerimónia que contará com a presença do ministro do Ambiente e da Ação Climática e do secretário de Estado Adjunto e da Energia.

Esta unidade, que inicialmente foi designado como Solara4, mas que foi definitivamente batizado como Central Fotovoltaica Riccardo Totta, tem uma potência de 219 megawatts, o que faz dela, não só, a maior central em Portugal, como «uma das maiores da Europa não subsidiada».

«Comparativamente, é cerca de cinco vezes superior à Central da Amareleja, que, em 2008, era a maior central solar do mundo», segundo os responsáveis pelo projeto, que são as empresas WElink Energy/Solara4, em parceria com a China Triumph International Engineering Company (CTIEC).

«O projeto conta com 661.500 painéis instalados, que ocupam uma área descontínua de 320 hectares, acompanhando a orografia do terreno e mantendo corredores verdes, o que representou um desafio da engenharia para minimizar o impacto no meio ambiente. No total, 40 postos de transformação fazem a ligação entre a subestação da Central e a subestação da Rede Elétrica Nacional (REN) em Tavira», acrescentam.

A Central Fotovoltaica Riccardo Totta «vai poupar 326 mil toneladas de CO2, o equivalente à energia utilizada por 200 mil casas, uma contribuição fundamental para que Portugal alcance as metas de energias renováveis previstas no Programa Nacional de Energia e Clima 2030 (PNEC 2030)».

O processo que culminou na instalação desta central começou em 2015, mas foi só em Março de 2017, e com alguma controvérsia à mistura, que a obra foi lançada.

A central começou a ser implementada em 2019, «num processo de engenharia moroso, sofreu uma paragem em 2020 devido à pandemia de covid-19 e ficou concluída este ano, tendo recebido, a 15 de Setembro, a licença de exploração por parte da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG)».

O nome de Riccardo Totta é uma «homenagem ao proprietário do terreno, que colaborou com a WElink/Solara4 para que o projeto se concretizasse».

 

 

 



Comentários

pub