Profissionais de saúde dos hospitais do Algarve vão ser convidados a adiar voluntariamente as férias que tenham marcadas para as próximas semanas, numa altura em que o elevado número de turistas está a levar a um aumento da procura dos serviços hospitalares da região.
Paulo Neves, vogal do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, explicou à Antena 1 que esta proposta será feita apenas aos trabalhadores «que já tinham gozado férias, o maior período de férias, antes de Agosto».
Estes profissionais serão convidados pelos diretores de serviço e de enfermagem para que haja «novo acordo de prorrogação do restante tempo de férias, mais para a frente».
A proposta de suspensão das férias não está relacionada com o aumento de internamentos por Covid-19, embora vise garantir a capacidade de resposta do CHUA numa altura em que a população no Algarve mais que duplica.
Entretanto, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) veio a público denunciar que lhe «chegou ao conhecimento» que, «inopinadamente e sem qualquer razão, os médicos do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve estão ameaçados de verem as suas férias suspensas».
«Não pondo em questão a legalidade do procedimento, o SIM lamenta que esta falta de planeamento faça com que os médicos, que no ano passado já viram as suas férias suspensas, mais uma vez tenham esse problema. Prejudicando a família e o seu repouso essenciais para decisões corretas», diz o sindicato.
À rádio pública, Paulo Neves respondeu a uma pergunta relativa aos enfermeiros e assistentes operacionais, mas, contactada pelo Sul Informação, fonte do CHUA assegurou que esta proposta, que obriga ao acordo do trabalhador, também abrange o pessoal médico.
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