Covid-19: Algarve é uma das duas regiões com Rt abaixo de 1, Alentejo com subida para os 1,16

Incidência também baixou no Algarve

O Algarve (0,92) e o Norte (0,99) são as únicas regiões do país com um índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV2 inferior a 1, com o Alentejo apresentar o maior crescimento, passando dos 0,92 para os 1,16, segundo o relatório semanal do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgado esta sexta-feira, 28 de Maio.

Estes dados indicam que que o valor médio do Rt – que estima o número de casos secundários de covid-19 resultantes de uma pessoa infetada – é de 1,07, a nível nacional.

Por regiões, apenas o Norte (0,99) e o Algarve (0,92) registam um Rt abaixo do limite estabelecido de 1, enquanto as restantes apresentam um índice de transmissibilidade do vírus que varia entre os 1,05 na Madeira e no Centro e o máximo de 1,16 no Alentejo.

Lisboa e Vale do Tejo é a segunda região do país com um Rt mais elevado, tendo passado de 1,11 para os 1,14, de acordo com os dados de hoje do INSA, que refere ainda que este indicador está estimado nos 1,07 para a região autónoma dos Açores.

No que se refere à taxa de incidência de novos casos por regiões, o Algarve reduziu dos 72,8 para os 63,2. De resto, apenas os Açores ultrapassam a barreira dos 120, estando atualmente nos 133,9, enquanto o Norte, o Centro e o Alentejo estão mesmo abaixo dos 60 casos por cem mil habitantes.

Quanto à região de Lisboa e Vale do Tejo apresenta uma incidência que aumentou dos 50,6 para os 68,1 casos.

«Portugal apresenta a taxa de notificação acumulada de 14 dias [de novos casos de infeção] entre 20 e 59,9 por cem mil habitantes e um Rt superior 1, ou seja, uma taxa de notificação baixa/moderada e com tendência crescente», refere o instituto.

Estes indicadores – o índice de transmissibilidade do vírus e a taxa de incidência de novos casos de covid-19 – são os dois critérios definidos pelo Governo para a avaliação continua que do processo de desconfinamento que se iniciou a 15 de Março e que está na quarta fase de alívio das restrições.

O grupo de peritos que aconselha o Governo sobre a epidemia da covid-19 defendeu na reunião desta sexta-feira que deve manter-se esta matriz de risco das “linhas vermelhas” de avaliação da incidência acumulada de casos e do Rt.

Ainda em relação ao relatório do INSA, é estimado que Portugal possa atingir os 120 casos de SARS-CoV-2 por 100 mil habitantes no prazo máximo de dois meses, caso se mantenha o crescimento do número de infeções.

No que se refere ao impacto na pandemia nos serviços de saúde, o número diário de doentes internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente revelou uma «tendência ligeiramente decrescente», correspondendo a 22% do valor crítico definido de 245 camas ocupadas.

 



Comentários

pub