Algarve vai ter projeto piloto de integração de migrantes

Projeto visa «dar uma resposta a estes problemas com os quais esta população se confronta no sentido de facilitar a sua melhor integração no mercado de trabalho»

O Algarve vai ter um projeto piloto de integração de migrantes, cuja apresentação decorreu no passado dia 16 de Abril, num evento online. 

Em nota de imprensa, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) explicou que se trata de um projeto, «em fase de estabilização, que visa uma intervenção integrada das estruturas existentes de apoio aos migrantes, designadamente: dos Centros de Apoio aos Imigrantes, dos Centros Qualifica e dos Serviços de Emprego e Formação Profissional da região do Algarve».

Os objetivos passam por proporcionar às pessoas migrantes cursos para aquisição de competências em língua portuguesa, assegurar o reconhecimento de títulos de formação e de equivalência escolar e melhorar a empregabilidade das pessoas migrantes, através de processos de reconhecimento, validação e certificação de competências.

A isto junta-se o encaminhamento para ofertas formativas adequadas ao perfil dos migrantes.

A operacionalização do projeto será assegurada pela rede do Centro Nacional de Apoio à Integração de Migrantes (CNAIM), Centros Qualifica, Escolas e Serviços do IEFP.

A sessão de apresentação do projeto contou com a presença da secretária de Estado para a Integração e as Migrações, que destacou a importância e a exemplaridade do projeto na promoção de uma melhor inclusão social de milhares de cidadãos residentes na região.

«A região do Algarve é a que, proporcionalmente, mais estrangeiros residentes atrai, muitos, pela amenidade do clima e qualidade de vida que lhes proporciona na reforma, mas muitos também pelas oportunidades de trabalho que oferece», diz o IEFP.

«Com a crise pandémica, foram os residentes estrangeiros um dos grupos mais afetados pela redução da atividade e pelo desemprego», acrescenta.

Além das dificuldades culturais e linguísticas que enfrentam, «muitos desses migrantes não possuem documentação que comprove e reconheça o seu nível de habilitações/qualificações académicas e/ou profissionais, o que constitui impedimento para a sua integração em percursos de qualificação escolar e profissional».

Assim, «este projeto visa dar uma resposta a estes problemas com os quais esta população se confronta no sentido de facilitar a sua melhor integração no mercado de trabalho», acrescenta.

 



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