Algarve já não tem R(t) mais elevado do Continente

Variante britânica continua a ser prevalente no Algarve

O Algarve já não tem o R(t), índice de transmissibilidade, mais elevado de Portugal Continental, passando a ser o Alentejo a região que está pior neste indicador, de acordo com o relatório de “Monotorização das linhas vermelhas para a Covid-19”, divulgado esta sexta-feira, 16 de Abril, pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA). 

Em comparação com a semana passada, o R(t) até cresceu no Algarve, ainda que pouco, passando de 1,05 para 1,07. Só que, no Alentejo, o número aumentou bastante de 0,99 para 1,13.

Nas restantes regiões, os valores do índice de transmissibilidade são os seguintes: 1,11 no Norte, de 1,05 no Centro, 0,96 em Lisboa e Vale do Tejo, 1,41 nos Açores e 1,22 na Madeira.

Ainda em relação ao R(t), o relatório do INSA e da Direção-Geral da Saúde (DGS) explica que ,«ao nível nacional, observa-se uma redução, entre 8 e 11 de Abril, de 1,08 para 1,01, sugerindo um desacelerar do crescimento da incidência neste período de tempo».

O documento traz ainda uma previsão: «considerando o valor de Rt atual (média 5 dias)», Portugal «atingirá a linha dos 120 casos por 100 000 habitantes em um a dois meses».

De resto, na taxa de incidência cumulativa a 14 dias, por cada 100 mil habitantes, o Algarve continua a ser a região com piores indicadores (125), acima da média nacional que se fixa nos 70.

Neste indicador, o Norte apresenta uma taxa de 64, o Centro de 48, Lisboa e Vale do Tejo de 68 e o Alentejo de 80.

Quanto à questão das variantes, que ainda recentemente foi abordada na conferência de imprensa regional de balanço da pandemia, o Algarve é a região onde há maior prevalência da chamada variante britânica, responsável por 94% dos casos e tida como mais contagiosa.

«Esta prevalência foi de 82,0% no continente e com distribuição relativamente homogénea no território nacional, embora inferior na região do Norte (71,4%), e mais elevada na região do Algarve (94,0%) e na Região Autónoma (RA) da Madeira (94,2%)», explica o relatório.

Ainda assim, também há boas notícias: «o número diário de casos de Covid-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente encontra-se atualmente com uma tendência ligeiramente decrescente a estável, encontrando-se abaixo do valor crítico definido (245 camas ocupadas)».

Também a nível nacional, «a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 1,6%, valor que se mantém abaixo do objetivo definido de 4%. Observou-se um aumento do número de testes para deteção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos 7 dias».

«Nos últimos 7 dias, todos os casos de infeção por SARS-CoV-2/ Covid-19 foram isolados em menos de 24 horas após a notificação, e foram rastreados e isolados 94,3% dos seus contactos», diz ainda.

Posto isto, a «análise global dos diversos indicadores sugere uma situação epidemiológica com transmissão comunitária de moderada intensidade e reduzida pressão nos serviços de saúde. Verificou-se um ligeiro aumento da transmissão nos grupos etários mais jovens, nas quais o risco de evolução desfavorável da doença é menor».

 

 



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