Covid-19: Governo não quer criar expectativas de que desconfinamento está para breve

Mariana Vieira da Silva alertou para a questão da gestão de expectativas dos portugueses

Foto: Flávio Costa | Sul Informação – Arquivo

A ministra de Estado e da Presidência Mariana Vieira da Silva avisou esta quinta-feira, 18 de Fevereiro, que o número «muitíssimo elevado» de internamentos em cuidados intensivos devido à Covid-19 não permite criar qualquer expectativa de um desconfinamento para breve.

No briefing após o Conselho de Ministros, Mariana Vieira da Silva foi questionada sobre a evolução dos números da pandemia em Portugal.

Apesar de considerar que os números de infetados mostram «o sucesso das medidas» em vigor, a governante recordou que este não é o único fator a ter em conta, uma vez que é preciso analisar a capacidade de resposta do SNS e o número de óbitos, variáveis que, apesar da tendência de redução, não permitem antecipar um desconfinamento para breve.

Mariana Vieira da Silva alertou para a questão da gestão de expectativas dos portugueses e referiu que, ao dia de hoje, Portugal tem 680 pessoas internadas em unidades de cuidados intensivos.

«É um número muitíssimo elevado, continua a ser, com exceção do último mês, o número mais elevado que tivemos em todo este ano e é um número que não é compatível com estarmos a criar uma expectativa de um desconfinamento para breve», avisou.

Assim, o Governo mantém a linha discursiva do primeiro-ministro, António Costa, que há uma semana, também numa conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, defendeu que este não era ainda o momento do país se concentrar no desconfinamento, mas sim continuar a cumprir as regras do confinamento.

«Há trabalho técnico a ser realizado, existirá trabalho de articulação com os outros partidos. Este é o momento de voltarmos a apelar a todas as portuguesas e portugueses que é preciso considerarmos que estamos com números muito elevados de internamento nos hospitais e nas unidades de cuidados intensivos e sendo animador o caminho que estamos a fazer é ainda muito cedo para pensar que ele está perto do fim», reiterou.

 



Comentários

pub