Ribeira do Cadoiço «respira nova vida» após ser alvo de intervenção de recuperação

Almargem coordenou este projeto financiado pelo Fundo Ambiental e que contou com a parceria da Câmara de Loulé

A ribeira do Cadoiço «respira nova vida», depois de ter sido alvo do projeto “Cadoiço Vive”,que chegou agora ao fim «com balanço positivo, segundo a Almargem – Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve, que coordenou este projeto financiado pelo Fundo Ambienta, desenvolvido em parceria com a Câmara de Loulé.

Ao longo de quatro meses, este corredor periurbano foi alvo de uma intervenção, assente «numa estratégia de conservação da natureza e renaturalização de ecossistemas».

«Foram aplicadas medidas concretas para devolver esta área a um estado mais natural e próspero, com a renaturalização da galeria ripícola e o reforço da fauna silvestre. Num esforço concertado com diferentes entidades e com o apoio da Câmara Municipal de Loulé, a Almargem “arregaçou as mangas”, com a aplicação de sete técnicas de engenharia natural, removendo mais de 40 toneladas de espécies de plantas invasoras e plantando nesta área 100 árvores e arbustos nativos», descreveu a Almargem.

«Para aumentar os possíveis locais de nidificação ou repouso de diferentes espécies e a taxa de sobrevivência dos indivíduos face a condições mais agrestes, foram colocados 13 abrigos para morcegos, 30 caixas-ninho para aves e ainda quatro hotéis para insetos», acrescentou a associação.

 

Hotel de Insetos – Projeto Cadoiço Vive

 

O “Cadoiço Vive” surgiu do «reconhecimento do grande potencial paisagístico e natural da ribeira do Cadoiço, da qual se destacam as duas quedas de água e formações rochosas impressionantes e que tem vindo a ser progressivamente infestada por diferentes espécies de flora exóticas invasoras, com ameaça para a biodiversidade do local como até a própria integridade das margens da ribeira».

A candidatura aprovada pelo Fundo Ambiental no âmbito do programa “Conservação da Natureza e da Biodiversidade — Melhoria do conhecimento e do estado de conservação do património natural” nasce na sequência de um trabalho contínuo que a Almargem e a Câmara Municipal de Loulé têm desenvolvido, ao longo dos últimos anos, na ribeira do Cadoiço e área envolvente, no qual se incluem «dois projetos do Fundo Ambiental e dezenas de atividades de Educação Ambiental, com particular ênfase para o evento “Cadoiço em Festa”, que contou com duas edições».

As ações contaram com o apoio técnico e científico da Universidade do Algarve, da Universidade de Coimbra, da Associação Tagis, da Associação Vita Nativa, da empresa Engenho e Rios e do biólogo Mário Carmo.

«A Almargem e a Câmara Municipal de Loulé estão empenhadas em dar continuidade às ações iniciadas neste projeto, assegurando a manutenção dos abrigos instalados e do estado da flora ripícola, através de ações concertadas de voluntariado ambiental, inseridas no programa de educação ambiental municipal, e outras iniciativas relevantes», concluiu a associação ambientalista algarvia.

Mais informações sobre o projeto podem ser consultadas no site da Almargem.

 

 



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