A medida Emprego Interior Mais, que apoia financeiramente trabalhadores que decidam mudar-se para o interior, já aprovou duas candidaturas para localidades algarvias: Benafim, no concelho de Loulé, e Figueira, no concelho de Vila do Bispo.
Segundo apurou o Sul Informação, no caso de Benafim, a candidatura aprovada “levou” para a aldeia um farmacêutico e a sua família.
A candidatura para Figueira, no concelho de Vila do Bispo, que foi aprovada já este ano, vai apoiar a deslocação de um funcionário «na área pedagógica, para trabalhar numa escola», revelou Madalena Feu, delegada regional do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), ao Sul Informação.
De acordo com esta responsável, até ao momento, foram apresentadas, para o Algarve, quatro candidaturas a esta medida, sendo que duas não cumpriram os requisitos.
«É uma boa oportunidade», ainda para mais «no atual contexto em que o teletrabalho está a ganhar importância e pode ser feito de qualquer lado», considera Madalena Feu.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Coesão Territorial, a nível nacional, até ao final de Dezembro, foram recebidas 207 candidaturas, que correspondem a 740 pessoas, incluindo, além dos candidatos, os elementos do agregado familiar.
Destas candidaturas, 77 foram aprovadas, «o que significa que 222 pessoas já se mudaram para territórios do interior e beneficiaram deste apoio do Estado», realça o ministério de Ana Abrunhosa.
A zona Centro foi aquela que teve já mais candidaturas aprovadas, num total de 52, seguindo-se o Norte, com 15 candidaturas aprovadas, o Alentejo, com 10, e o Algarve, com duas, sendo que a segunda, correspondente ao concelho de Vila do Bispo, ainda não consta dos dados divulgados pelo Governo.
O montante de apoios aprovado ascende a 230 mil euros.
A medida, que é operacionalizada pelo IEFP, atribui um apoio de até 4.827 euros a trabalhadores desempregados ou empregados à procura de novo emprego, que se mudem para territórios do interior.
Os candidatos devem ter um contrato a tempo inteiro (com duração mínima superior a um ano) e está também abrangida a criação do próprio emprego.
Segundo o ministério da Coesão Territorial, «quase metade dos candidatos com processos aprovados são jovens até aos 34 anos (45% do total) e quase dois terços (64%) têm habilitações de nível superior. A maioria das candidaturas aprovadas (50) são relativas a processos de trabalho por conta de outrem, sendo que 22 candidaturas são relativas à criação do próprio emprego e 5 candidaturas são de pessoas que criaram empresas».
O apoio financeiro direto a quem se muda para o interior é de 2.633 euros, a que acresce uma majoração de 20% por cada elemento do agregado familiar (até ao limite de 1.316 euros). É ainda comparticipado o custo de transportes de bens, até ao limite de 878 euros.
As candidaturas continuam abertas na página do IEFP.
No Algarve, podem ser apoiados os trabalhadores que decidam mudar-se para os concelhos de Monchique, Aljezur, Vila do Bispo, Alcoutim e Castro Marim.
Além destes cinco concelhos, também as freguesias de São Marcos da Serra (Silves), Ameixial, Alte, Salir, Querença, Tôr e Benafim (Loulé), Santa Catarina da Fonte do Bispo e Cachopo (Tavira) estão abrangidas por esta medida.
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