Direção-Geral da Saúde recomenda medidas para proteção dos efeitos negativos do frio

Medidas de proteção individual e ambientais

A Direção-Geral da Saúde acaba de divulgar as suas recomendações para a proteção dos efeitos negativos do frio na saúde, agora que se prevê a continuação de tempo frio e seco, a descida das temperaturas do ar (máxima e mínima), um acentuado arrefecimento noturno, a formação de gelo ou geada e ainda a intensificação do vento frio com um consequente aumento do desconforto térmico.

«À semelhança do que se verificou em outros anos, é provável que as baixas temperaturas tenham repercussões sobre a mortalidade nos próximos dias, nomeadamente nas pessoas com 65 ou mais anos, pelo que as medidas recomendadas adquirem particular relevo neste grupo etário», salienta a DGS.

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a partir da madrugada de dia 10 de Janeiro, prevê-se a substituição gradual de uma massa de ar polar por uma massa de ar com características de ar Ártico, sobre Portugal continental.

Como consequência, na próxima semana, a temperatura mínima deverá variar entre -6 e 6°C na generalidade do território e a temperatura máxima não ultrapassará os 14°C, estando previsto que os valores mais baixos sejam registados nas regiões do interior Norte e Centro.

Medidas de proteção individual:
• Evitar a exposição prolongada ao frio e mudanças bruscas de temperatura;
• Manter o corpo quente, utilizando várias camadas de roupa;
• Proteger as extremidades do corpo (utilizando luvas, gorro, cachecol, meias quentes e calçado quente e antiderrapante;
• Manter a hidratação, ingerindo sopas e bebidas quentes e evitando o álcool que proporciona uma falsa sensação de calor;
• Prestar atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam atividade no exterior e pessoas sem abrigo);
• Acautelar a prática de atividades no exterior (evitar esforços excessivos, utilizar vestuário adequado e prestar atenção às condições do piso para evitar quedas);
• Seguir as recomendações do médico assistente, garantido a toma adequada da medicação para doenças crónicas;
• Adotar uma condução defensiva, uma vez que poderão existir locais na estrada com acumulação de gelo.

Medidas ambientais:
• Verificar o estado de funcionamento dos equipamentos de aquecimento;
• Manter a casa quente, garantido uma adequada ventilação das habitações (renovação do ar), em particular quando não for possível evitar o uso de braseiras ou lareiras;
• Ter especial atenção aos aquecimentos com combustão (ex.: braseiras e lareiras), que podem causar intoxicação devido à acumulação de monóxido de carbono e levar à morte;
• Evitar o uso de dispositivos de aquecimento durante o sono, desligando sempre quaisquer aparelhos antes de se deitar.

«Mantenha-se informado, hidratado e quente!», recomenda a DGS, acrescentando: «Se ficar doente, não corra para as urgências, Ligue SNS 24 (808 24 24 24)».

Esteja atento às informações meteorológicas, às recomendações da Direção-Geral da Saúde, aos avisos da Proteção Civil e das Forças de Segurança.

 



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