Investigadores algarvios pedem ao Governo mais financiamento para a ciência

Investigadores do CCMar são dois dos signatários de uma carta aberta conjunta ao ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

Adelino Canário e  Ester Serrão,  investigadores  do Centro de Ciências do Mar, estão entre as dezenas de cientistas que assinam uma carta aberta a Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, onde pedem mais investimento na ciência.

«Agora, como nunca, é a altura para que haja um muito maior investimento em Ciência. É uma oportunidade rara para Portugal se revelar como um pais visionário, apostando na C&I, para captar e reter o melhor talento a nível mundial e captar e/ou criar empresas mais inovadoras e produtivas. Um artigo recente na Nature referia como o governo Espanhol vai aumentar em muito o seu orçamento baseado nos fundos Europeu», exemplificam os signatários da carta, que também lançaram um manifesto, que pode ler na íntegra aqui.

Paralelamente, está a decorrer online uma petição “por um investimento urgente em Ciência em Portugal”.

«É urgente potenciar o crescimento científico que o país alcançou nas últimas décadas, ao serviço de um Portugal mais ambicioso, fortalecendo um ecossistema que atraia e respeite o melhor talento e as empresas de elevado teor tecnológico», defendem.

Os investigadores de instituições de Norte a Sul do país afirmam, mesmo, que «nunca como agora foi tão evidente para a sociedade a necessidade de colocar a investigação e a inovação, bem como as instituições que as promovem – Institutos, Ensino Superior e Empresas – no centro das nossas atividades».

«O papel do conhecimento e das decisões baseadas na ciência e na evidência revelam-se fundamentais no nosso quotidiano e devem servir de motor à recuperação económica de Portugal e da Europa», dizem.

Apesar de aplaudir «os esforços que o MCTES anunciou de ter concursos regulares», os signatários da carta consideram que «o envelope financeiro anunciado é muito pequeno para as necessidades do nosso país».

«É crítico que haja um investimento forte numa base de conhecimento diversa, na capacitação de jovens cientistas e uma garantia de estabilidade e continuidade. As bases do sistema científico: as pessoas, os projetos, as instituições, as infraestruturas têm de ser prioridade absoluta na estratégia de distribuição do financiamento», acrescentam.

 

Signatários da carta aberta:

Margarida D Amaral (Diretora BioISI, FCUL)
Mónica Bettencourt-Dias (Diretora IGC)
Adelino Canário (Director CCMAR- U. Algarve)
José Luís Cardoso (ICS-U. Lisboa)
Rogério Colaço (Presidente IST)
João A.P. Coutinho (Vice-director CICECO-Instituto de Materiais da Universidade de Aveiro e Pró-Reitor para a Internacionalização)
Nuno Ferrand (Diretor CIBIO, UP)
Elvira Fortunato (Diretora i3N/Vice-reitora NOVA)
Helena Freitas (Coordenadora do CFE-U.Coimbra)
Joana Gonçalves-Sá (IST)
António Jacinto (Sub-Diretor NMS/FCM – NOVA)
Henrique Leitão (FCUL)
Pedro Magalhães (ICS-U. Lisboa)
Helder Maiato (Investigador I3S)
Marta Moita (Investigadora FC)
Maria Mota (Diretora IMM)
Arlindo Oliveira (IST)
Luis Oliveira e Silva (IST)
Susana Peralta (Nova SBE)
José Pereira-Leal (CEO Ophiomics)
Paulo Pereira (Director CEDOC, Nova Medical School)
João Ramalho-Santos (CNC/CIBB e DCV, U. Coimbra)
Isabel Rocha (ITQB, Pro-reitora Inovação NOVA)
João Rocha (Director CICECO-Instituto de Materiais da Universidade de Aveiro)
Carlos Salema (IT Presidente da Direcção, ACL – Presidente)
Manuel A Santos (Diretor iBiMED, U. Aveiro)
Ester Serrão (CCMAR- U. Algarve)
Raquel Seruca (Vice-Diretora IPATIMUP/I3S)
Claudio M. Soares (Diretor ITQB NOVA)
Manuel Sobrinho Simões (Diretor IPATIMUP/I3S)
Luís de Sousa (ICS-U. Lisboa)
Nuno Sousa (ICVS/2CA, U. Minho)
Élio Sucena (FCUL/IGC)
Claudio Sunkel (Diretor I3S – U. Porto)
José Tavares (Nova SBE)
Karin Wall (Diretora ICS Instituto de Ciências Sociais ULisboa).

 

 

 



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