Covid-19: Grande desafio de 2021 é juntar 4 mil milhões para vacinas – OMS

Ideia é adquirir vacinas de modo a «garantir que todas as pessoas em risco em todo o Mundo sejam imunizadas»

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que o grande desafio no combate à pandemia da covid-19 em 2021 é juntar os quatro mil milhões de dólares que considera necessários para garantir acesso a vacinas para os países mais pobres.

Numa mensagem vídeo divulgada hoje, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, apontou as vacinas já aprovadas e as restantes candidatas em avaliação como «a grande esperança para virar o curso da pandemia», mas para isso é preciso «garantir que todas as pessoas em risco em todo o Mundo sejam imunizadas».

A iniciativa global de partilha e acesso equitativo às vacinas promovida pela OMS, a Covax, «precisa de mais de quatro mil milhões de dólares urgentemente para comprar vacinas para os países de baixos e médios rendimentos», reiterou.

«É o desafio que precisamos de superar no novo ano», considerou, indicando que o objetivo é garantir o acesso a dois mil milhões de doses das várias vacinas candidatas contra o novo coronavírus.

Ghebreysesus declarou que há «uma escolha simples mas profunda» a fazer no próximo ano: «ignoramos as lições de 2020 e deixamos prevalecer a insularidade, sectarismo, teorias da conspiração e ataques à Ciência ou caminhamos juntos os últimos quilómetros desta crise, partilhando as vacinas de forma justa?».

«Em 2020 vimos como as divisões políticas e entre comunidades alimentam o vírus e fomentam crises», lamentou.

Como vai levar tempo para concretizar uma campanha global de vacinação em massa, será preciso continuar a cumprir medidas de distanciamento físico, uso de máscara, etiqueta respiratória e higiene das mãos, insistiu.

Na véspera do aniversário do primeiro anúncio de casos de «pneumonia de origem desconhecida» na cidade chinesa de Wuhan, que viriam a descobrir-se ser provocados pelo SARS-CoV-2, que causa a Covid-19, o diretor-geral da agência da ONU salientou que foi um ano marcado por «tantas vidas perdidas e tantas perturbações nas famílias, sociedades e economias».

Ao mesmo tempo, verificou-se «a resposta mais rápida e generalizada a uma emergência sanitária global da história da Humanidade», ressalvou.

 

 



Comentários

pub