A previsão do aumento da agitação marítima já a partir desta noite e até ao dia 30 levaram a Autoridade Marítima Nacional (AMN) e a Marinha a reforçar «a recomendação, em especial à comunidade piscatória e da náutica de recreio que se encontra no mar, para o eventual regresso ao porto de abrigo mais próximo e a adoção de medidas de precaução».
Num comunicado, as duas entidades alertam para «um agravamento excecional das condições de agitação marítima na costa Oeste de Portugal Continental, sobretudo na região Norte, a partir da noite de amanhã, 27 de Dezembro, até às 06h00 da próxima quarta-feira, dia 30 de Dezembro».
Ainda assim, o Algarve e Baixo Alentejo também serão afetados, o que levou o Instituto do Mar e da Atmosfera (IPMA) a lançar um aviso amarelo para estes dois territórios, válido entre as 9h00 de amanhã, dia 28, segunda-feira, e a as 11h00 de dia 29.
No caso dos distritos de Faro e Beja, prevêem-se ondas de noroeste com 4 metros na costa ocidental.
A nível nacional, avisou a AMN e a Marinha, «a agitação marítima será caracterizada por ondulação proveniente do quadrante Norte-Noroeste, com altura significativa que poderá atingir os oito metros e altura máxima de 14 metros, com período médio a variar entre 14 e 18 segundos. O vento poderá registar intensidade média superior a 55 Km/h e rajadas superiores a 80 Km/h, provenientes do quadrante Noroeste».
«Recomenda-se o reforço da amarração e vigilância apertada das embarcações atracadas e fundeadas, devem evitar-se passeios junto ao mar, de onde se destacam os molhes de proteção dos portos», avisaram as mesmas entidades.
«Aconselha-se igualmente a que os marítimos mantenham um estado de vigilância permanente e acompanhem a evolução da situação meteorológica, através dos avisos à navegação e da previsão meteorológica radiodifundidos pela Marinha relativos à previsão meteorológica do IPMA, bem como outras informações disponibilizadas pelas Capitanias sobre as condições de acesso aos portos, evitando sair para o mar até que as condições melhorem», acrescentam.
Quanto à população em geral que frequente as zonas costeiras, «aconselha-se que se abstenham da prática de passeios junto à orla costeira e nas praias, bem como da prática de atividades lúdicas nas zonas expostas à agitação marítima, sendo essencial que seja assumida uma postura preventiva, evitando a exposição desnecessária ao risco».
Quem tiver «absoluta necessidade de se deslocar até à orla costeira, deverá manter uma atitude vigilante e prudente».
Também se desaconselha «vivamente a pesca lúdica, em especial junto às falésias e zonas de arriba nas frentes costeiras atingidas pela rebentação das ondas, tendo sempre presente que nestas condições o mar pode facilmente alcançar zonas aparentemente seguras».
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