O Algarve «merece a atenção» e solidariedade «de todos os portugueses», diz Marcelo

Presidente da República quer que os portugueses compreendam que, muitas vezes, o Algarve dá mais ao país do que aquilo que recebe

Marcelo Rebelo de Sousa em Faro – Foto: Flávio Costa | Sul Informação

«Todos os portugueses devem estar solidários com o Algarve e com os algarvios», nesta altura em que a região está ser fortemente atingida pela crise criada pela Covid-19, independentemente «do que estão a sofrer e que vão sofrer com a pandemia e a crise económica e social», apelou esta segunda-feira, em Faro, o Presidente da República.

O repto foi lançado por Marcelo Rebelo de Sousa momentos depois de ter recebido a Chave de Honra da Cidade de Faro, uma distinção recebida das mãos do presidente da Câmara de Faro Rogério Bacalhau, numa cerimónia que teve lugar no Museu Municipal de Faro.

Mas, e apesar de ter uma longa ligação a Faro que começou quando o Chefe de Estado tinha ainda «tenra idade», com uma visita de estudo à capital algarvia, e se consolidou no final dos anos 60, em que Marcelo Rebelo de Sousa, ao longo de anos, se deslocava semanalmente ao Algarve para dar aulas, foi no Algarve, enquanto região, que as suas atenções se focaram.

É que, diz, a «missão» que assumiu de visitar todos os concelhos do Algarve, na sequência do forte impacto que a pandemia teve no turismo, «não esteve apenas ligada à realidade e social – embora esta última, a social, seja particularmente grave, por via do desemprego».

«É mais do que isso. É a reafirmação do dinamismo algarvio», afirmou.

«Era preciso compreender-se, no todo nacional, que o Algarve contribui mais para Portugal do que, em muitos casos, Portugal tem contribuído para o Algarve», resumiu Marcelo Rebelo de Sousa.

 

 

E a chave que irá abrir a porta para atingir este objetivo poderá, muito bem, ser aquela recebida hoje pelo Presidente da República.

«A chave da cidade que Faro hoje me entrega, não foi entregue ao cidadão Marcelo Rebelo de Sousa. Foi entregue a um Presidente da República Portuguesa que representa todos os portugueses», disse.

«E ela ficará na Presidência da República portuguesa, passando aos meus sucessores, para atestar como, neste momento histórico, ao homenagear o Presidente da República, o Algarve quer dizer algo muito simples: Queremos ser algarvios. Queremos merecer maior atenção. Precisamos da vossa atenção. Temos direito a essa atenção. Mas nós reconhecemo-nos no todo nacional e temos o orgulho de ser portugueses», disse.

«E é esse orgulho que se traduz no gesto para com o representante de todos os portugueses», rematou o Presidente da República.

Já Rogério Bacalhau, edil de Faro, não escondeu que a distinção vai, acima de tudo, para o cidadão, agora Cidadão Honorário de Faro,  e frisou que ficou escrito no livro de honra do município que Marcelo Rebelo de Sousa, «para além da sua naturalidade, passa também a ser um farense».

«Claro que no coração do povo do nosso concelho, já o é há muito. O povo não esquece o seu afecto genuíno», disse o presidente da Câmara de Faro.

«Não esquece, por exemplo, aquele dia frio de Março quando, atravessando quilómetros de praias destruídas, de estufas devastadas, de habitações deitadas abaixo, e no meio de toda a desolação que experimentámos, após o tornado de 2018, o Presidente da República ali estava transmitindo a sua solidariedade e o ânimo indómito que o move», rematou Rogério Bacalhau.

Na sua visita a Faro, que se seguiu à que fez ontem e esta manhã ao concelho de Monchique, Marcelo Rebelo de Sousa visitou o MAPS, para conhecer o trabalho feito por esta instituição no apoio aos sem abrigo, visitou o mosaico romano do Deus Oceano, no Museu Municipal de Faro, descerrando uma placa alusiva a este Tesouro Nacional e voltou a jantar com os presidentes da Câmara da região.

 

 

 

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