Leilão solar para lotes no Algarve e Alentejo bate recorde do mundo

«Vamos pagar menos pela eletricidade», resumiu João Galamba

O leilão solar, que se realizou esta segunda e terça-feira, dias 24 e 25 de Agosto, para 12 lotes no Algarve e Alentejo foi um sucesso, «com Portugal a bater um novo recorde mundial com o mais baixo preço de energia solar registado», anunciou, em conferência de imprensa, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática. 

Na prática, isto significa que os consumidores portugueses poderão vir a ter ganhos de 559 milhões de euros, a 15 anos.

A empresa Hanwha Q-Cells (Coreia do Sul) foi a grande vencedora do leilão, arrebatando metade dos lotes (6). Já a francesa Tag Energy ganhou dois, bem como a Audax (Espanha). Por fim, a Iberdola, Enerland e Endesa ficaram com um lote. Assim, apesar de haver 12 lotes a leilão, foram feitas 13 adjudicações.

No leilão foram adjudicados 670 megawatts (MW), dos quais cerca de 75% na modalidade de Armazenamento (483 MW) e os restantes nas modalidades de Compensação ao Sistema (177 MW) e Contrato por Diferenças (10MW).

Na conferência de imprensa de hoje, Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Ação Climática, disse que este «não é um leilão de tarifas, mas é um leilão de um bem muito escasso, que é o de pontos de acesso à rede».

 

Matos Fernandes

 

Essa foi a razão que explica os preços baixos: o preço médio foi de 11,4 euros por megawatt hora (MWh), um novo recorde mundial.

«Havendo um preço mais baixo na produção, tendencialmente os consumidores terão eletricidade a preços mais baixos ao longo do tempo. O que estamos a gerar de poupança para os consumidores nos próximos 15 anos é de 559 milhões de euros», disse o ministro.

«Estamos aqui objetivamente a criar as condições para chegarmos a 2030 com 80% da eletricidade proveniente de fontes renováveis», considerou ainda Matos Fernandes.

Por fim, João Galamba, secretário de Estado Adjunto e da Energia, explicou que os «consumidores terão ganho nas tarifas de acesso à rede e no preço da energia».

«Vamos pagar menos pela eletricidade», concluiu.

 

 



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