Apoio à tesouraria do Turismo de Portugal já está a chegar a microempresas algarvias

Já houve mais de três centenas de candidaturas algarvias à linha de apoio a microempresas do Turismo de Portugal

Já há pelo menos 25 microempresas algarvias a receber dinheiro da linha de apoio à tesouraria criada pelo Turismo de Portugal, muito graças à ajuda dada pela Região de Turismo do Algarve (RTA), que tem estado a auxiliar os empresários a aceder a este programa.

No dia 18 de Março, a RTA e a Associação Turismo do Algarve (ATA) ativaram uma campanha bílingue de divulgação e esclarecimento sobre as medidas de apoio do Governo e do Turismo de Portugal junto das empresas do setor turístico algarvias, com o claim «Ontem, como hoje, estamos cá para ajudar!».

Esta quarta-feira, João Fernandes revelou ao Sul Informação estar muito satisfeito com os números que se conseguiram, em cerca de três semanas de campanha.

«Até ontem, terça-feira, tivemos mais de 600 contactos via telefónica e por email. Estamos a falar de um curto espaço de tempo e de uma equipa de quatro pessoas. Tem sido um bom resultado para um esforço adicional. É muito reconfortante ver que todo o esforço que fizemos, e do qual o Sul Informação também foi parceiro, chegou a muita gente», afirmou o presidente da RTA e da ATA.

Na prática, isto traduziu-se na apresentação de 320 candidaturas por microempresas algarvias, «resultantes destes contactos, das quais 77 já foram aprovadas».

Das candidaturas que já receberam luz verde, que «representam 305 postos de trabalho, 30 contratos já estavam celebrados à data de 6 de Abril e 25 deles já estão a pagamento. Hoje deverão ser mais ainda».

 




 

Neste caso, trata-se de candidatos à linha de apoio à tesouraria criada pelo Turismo de Portugal a pensar nnas microempresas, ou seja, entidades com menos de nove trabalhadores. É  que, explicou  João Fernandes, estes pequenos negócios têm acesso a uma linha específica, com condições muito atrativas.

«A linha das microempresas é muito mais vantajosa que as outras: não tem juros e é especificamente desenhada para este tipo de empresas. Ela atribui 750 euros por mês por trabalhador, até um período máximo de três meses. Pode ir até 20 mil euros de apoio», explicou João Fernandes.

Por outro lado, «tem um ano de carência de pagamento e um período de reembolso de três anos. Ou seja, durante um ano, como não há juros, não se paga nada».

Os negócios em causa são da área da restauração, empresas de animação turística, pequenos alojamentos e agências de viagem. «Estes são os grupos que melhor encaixam nesta linha das microempresas».

Inicialmente, esta linha, no seu todo, tinha uma dotação de 60 milhões de euros. «A informação que temos é que ela, provavelmente, será reforçada, porque a adesão tem sido muito expressiva a nível nacional, não só aqui no Algarve».

As regras desta linha de apoio explicam a rápida a aprovação de candidaturas – 77 em cerca de três semanas – e a célere disponibilização de verbas.

«Uma grande parte dos requisitos para a elegibilidade das candidaturas ficam apenas sob a condição da declaração do proponente. Ou seja, é o candidato que atesta que reúne as condições necessárias. A exceção são as declarações de não dívida à Segurança Social, às Finanças e ao Turismo de Portugal, que são facilmente verificáveis, inclusivamente online», revelou.

 

Crédito: Depositphotos

 

A pertinência da campanha da RTA para as microempresas fica bem explícita nos números obtidos. «94% dos contactos que recebemos, para obter informações sobre as linhas de apoio e questões legais referentes à flexibilidade fiscal e contributiva, foram de microempresas. Os outros 6% foram de Pequenas e Médias Empresas», avançou ao Sul Informação João Fernandes.

«Há uma repartição por todos os concelhos do Algarve. O mais expressivo é Loulé, com 24% dos pedidos de informação. Seguem-se Faro, Lagos, Albufeira e Portimão, cada qual com percentagens entre os 11% e os 14%», disse o presidente da RTA e da ATA.

«Isto significa que a campanha que desenvolvemos nos permitiu chegar a todo o Algarve e teve expressão em todos os municípios da região». Ao mesmo tempo, permitiu chegar maioritariamente aos que são, também, mais representativos em termos de oferta, que são as microempresas», reforçou.

Desta forma, a RTA e a ATA têm dirigido os seus esforços para ajudar estes «pequenos grandes empresários. Nós dizemos quais as linhas disponíveis, as pessoas explicam-nos as suas dúvidas e os seus problemas, nós ajudamo-las a escolher qual a melhor solução e até os guiamos durante o processo de candidatura. Às vezes há dois ou três contactos, para ajudar os empresários a instruir essa candidatura e inseri-la na plataforma que está disponível».

«Os empresários não têm de ser profissionais de candidaturas. O negócio deles é aquilo a que nós queremos que eles se dediquem. Portanto, uma ajuda, na verdadeira aceção da palavra, é acompanhá-los em todo este processo, não é apenas informar que existem estas linhas».

Uma vez difundida a informação, «é preciso descodificá-la para quem não é especialista nessas matérias». E essa tem sido uma tarefa do Gabinete de Apoio ao Empresário da RTA e dos seus quatro técnicos, mais precisamente Elisabete Máximo, André Padinha, Fátima Catarina (vice-presidente da RTA) e Hugo Mendes, cujos rostos a entidade pública responsável pelo turismo algarvio fez questão de divulgar, na sua página de Facebook.

 

 

Estes técnicos estão lá para ajudar as microempresas, mas também para as PME, ainda que estas não tenham recorrido muito à ajuda do Turismo do Algarve.

Isto deve-se à natureza dos apoios a que as PME podem aceder, que envolvem a banca – ao contrário da linha orientada às microempresas, gerida diretamente pelo Turismo de Portugal -, mas também porque, por norma, têm «uma contabilidade mais robusta» e mais conhecimento técnico.

«Para as PME há várias linhas de crédito, também acessíveis a microempresas, que envolvem a banca. Temos as linhas de crédito para o setor da restauração e similares, para as agências de viagem, animação turística e organização de eventos e para as empresas de turismo, que inclui o alojamento local e os empreendimentos turísticos», enquadrou o presidente da RTA e da ATA.

«Não são é tão vantajosas, nem tão rápidas. Têm juros, ainda que controlados e com garantia.Agora, não estamos a falar dos mesmos montantes. Na das microempresas, o montante máximo é 20 mil euros. Nas outras, é muito superior», concluiu João Fernandes.

 

 

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