Autarca de Albufeira pede aos munícipes que digam aos turistas para ficar em casa

«Estamos a operar em diversas frentes e em diálogo com empresas e organizações», diz José Carlos Rolo

José Carlos Rolo, presidente da Câmara de Albufeira, apela à «responsabilidade social» de todos, pedindo aos seus munícipes que aconselhem os turistas a se recolherem em casa devido à atual pandemia do novo coronavírus.

Numa carta dirigida aos habitantes do concelho de Albufeira, o autarca relembra que os turistas, «pelo facto de estarem num local que não é o deles e não dominarem a língua, terão mais dificuldades em apreender a dimensão da situação».

Mas, reforça, «cabe também, como responsabilidade social de cada qual, dizer-lhes que têm de se recolher».

Esta é uma das mensagens fortes dessa missiva que é dirigida aos munícipes, onde José Carlos Rolo refere que a Câmara Municipal está «a trabalhar», e que, «tal como vocês, estamos apreensivos e em alerta».

«Estamos a operar em diversas frentes e em diálogo com empresas e organizações», explica ainda.

«Os tempos exigem ponderação e análise de todas as consequências. Já adotámos muitas medidas e vamos continuar a tomar outras, de acordo com as necessidades que foram surgindo», diz o presidente da Câmara de Albufeira, concelho onde até já há um caso confirmado da Covid-19.

Nesta carta, o autarca também faz questão de referir o «civismo» a que tem assistido.

«Em Albufeira, tem havido contenção de contactos sociais, a maioria dos bares e restaurantes estão a fechar às 21h00 e, no comércio, há filas no exterior com o devido distanciamento. Orgulho-me desta cidade – e esta cidade são vocês».

«Estou confiante de que todos acataremos as regras que nos são dirigidas superiormente pelo poder central», conclui.

Entretanto, a Câmara decretou novas medidas para tentar combater a propagação do novo coronavírus.

No que diz respeito aos serviços municipais, à exceção dos considerados indispensáveis, foi fixado um novo horário de atendimento, entre as 9h00 e as 15h00. Apesar deste recurso se manter, a autarquia volta a apelar à utilização do telefone e do correio eletrónico como formas mais seguras de contactarem os serviços administrativos.

Em relação ao funcionamento interno das diferentes equipas e departamentos, serão implementadas diversas medidas que promoverão o recurso prioritário ao teletrabalho e, caso tal não seja possível, à rotatividade e ao desfasamento quinzenal de horários.

Nos serviços que tenham de ser prestados presencialmente, o trabalho será efetuado em regime de jornada contínua, com redução de uma hora relativamente ao horário de trabalho aprovado.

Por fim, os colaboradores que não prestem funções em serviços identificados como críticos e em que não seja possível o recurso ao teletrabalho serão temporariamente dispensados, sem prejuízo de poderem ser chamados para o serviço de funções essenciais.

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