Hospital de Beja defende: não foi por falta de médicos que paciente morreu à espera

José Aníbal Soares reconheceu que o Hospital de Beja, «tal como todos os outros, tem falta de profissionais». 

Foto: Teixeira Correia | Jornal de Notícias

José Aníbal Soares, diretor clínico do Hospital de Beja, defende que não houve falta de médicos nas urgências, no dia em que morreu um homem de 60 anos depois de quatro horas à espera. 

Em declarações à Antena 1, o diretor clínico disse que, «nesse dia [31 de Janeiro], tivemos uma equipa em que não houve falta de elementos».

«Dentro daquilo que é um conceito da urgência medico-cirúrgica, nós tínhamos o número de médicos suficientes nas várias áreas», defendeu José Aníbal Soares.

Rogério Palma, 60 anos, recebeu a pulseira amarela na triagem (avaliado como caso urgente), mas acabou por não ser visto por um médico, morrendo ao fim de quatro horas na sala de espera da urgência.

O paciente aguardou pela chamada desde cerca das 17h30, vindo a falecer por volta das 21h00, junto do irmão e da cunhada, que o acompanhavam.

Sobre isto, o diretor clínico do Hospital de Beja defendeu que «nem todos os doentes de pulseira amarela são iguais».

«Alguns dão muito mais trabalho a ver. Aqui temos também de ver muito bem o tempo que demora a atender determinado tipo de doentes», justificou também.

Ainda assim, José Aníbal Soares reconheceu que o Hospital de Beja, «tal como todos os outros, tem falta de profissionais».

Quanto ao caso deste homem, o Hospital já mandou abrir um inquérito.

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