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Francisco Oliveira, o último grande fotógrafo de Portimão, morreu este sábado, dia 7 de Setembro, aos 101 anos de idade, anunciaram amigos da família.

Nascido a 25 de Julho de 1918, em Estômbar, no vizinho concelho de Lagoa, passou a residir em Portimão em 1922. Durante décadas manteve um estúdio de fotografia na cidade, nomeadamente na rua 5 de Outubro, bem pertinho do largo da Casa Inglesa e da zona ribeirinha da cidade, que tantas vezes haveria de registar em película.

Francisco de Oliveira encontrou na fotografia de estúdio a profissão que viria a exercer durante a sua vida.

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Após um período de aprendizagem com alguns dos mais antigos fotógrafos de Portimão, entre os quais o retratista “Dias Fotógrafo” e o paisagista Luís Urbano Santos, em 1940, abriu, junto da Igreja Matriz, o seu estúdio, onde se iniciou nos retratos.

Em 1948, mudou-se para o seu estabelecimento de fotografia, na rua 5 de Outubro, composto por loja, estúdio e laboratório, onde permaneceu até ao final da sua atividade.

Embora se tenha assumido como fotógrafo profissional de estúdio, onde tirou inúmeros retratos e fotografias “tipo passe”, não deixou de captar a atmosfera urbana de Portimão. Através do seu espólio, revela os diversos modos de olhar a cidade desde a década de 50 até aos finais dos anos 70 do século XX.

Instantes da vida quotidiana da cidade, pormenores dos espaços e formas da paisagem humana, testemunhos do constante movimento de uma época, que, em 2011, o Museu de Portimão partilhou através de uma exposição intitulada “Uma Cidade 2 Fotógrafos”, dando o devido destaque aos trabalhos de Francisco Oliveira e Júlio Bernardo e permitindo ao público apropriar-se de um outro tempo, percebendo melhor a identidade de Portimão e revivendo referências desaparecidas da nossa memória coletiva.

Em 2016, Carlos Osório, investigador de história local, lançou o livro biográfico e profusamente ilustrado com fotografias, «Francisco Oliveira – Um Fotógrafo de Portimão».

Em 2018, para celebrar o seu centenário, o Museu de Portimão inaugurou a exposição “Francisco Oliveira, 100 Anos, 25 de Julho 1918-2018”, a cuja inauguração o homenageado compareceu, emocionado.

O fotógrafo tinha já entregue ao Museu de Portimão não só o seu espólio, como muitos dos objetos, peças e máquinas do seu último estúdio, peças essas que foram apresentadas nesta exposição.

 

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