Motoristas de matérias perigosas voltam à greve de 7 a 22 de Setembro

«O nosso trabalho depende muito das horas extraordinárias», garante Francisco São Bento

Os motoristas de matérias perigosas vão fazer uma «greve cirúrgica» às horas extraordinárias e ao trabalho aos fins de semana e feriados, de 7 a 22 de Setembro. 

O anúncio acaba de ser feito por Francisco São Bento, o presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP).

A decisão de avançar para mais uma paralisação (depois de, no domingo, a greve ter sido desconvocada por este sindicato), surge após o falhanço das negociações para uma mediação do conflito, que envolve a ANTRAM e o Sindicato.

Para esta nova greve – em Setembro – «estão assegurados os horários normais, de oito horas, de qualquer trabalhador». Por isso, Francisco São Bento não vê «necessidade de apresentar serviços mínimos».

Só que, para o sindicalista, «o nosso trabalho depende muito das horas extraordinárias e isso ficou provado já na última greve. Vamos comprovar, mais uma vez, que as empresas se baseiam no trabalho suplementar», considerou.

O principal ponto de discórdia atual está relacionado com o aumento do subsídio de operações dos motoristas que é de 125 euros. O sindicato só aceita sentar-se à mesa das negociações (com a Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho) se o valor subir logo para os 175.

Quanto a outras formas de luta, prometidas pelo Sindicato, além da greve, Francisco São Bento disse que «vamos aguardar serenamente» e «iniciar aquilo a que ficámos mandatados no plenário de trabalhadores, no domingo».

A greve geral dos motoristas de matérias perigosas durou de 12 a 18 de Agosto. O Governo, entretanto, já decretou o fim da crise energética que vigorou durante a paralisação.

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